Interior do MS sofre com falta de médicos especialistas
Na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul trabalham 269 médicos devidamente credenciados pelo CRM, o Conselho Regional de Medicina.
Se for observado o que preconiza a OMS (um médico/mil habitantes) o município tem um profissional para cada grupo de 670 habitantes.
Acontece que o município é referência em Saúde para o atendimento de uma população superior a 800 mil habitantes, moradores em 34 cidades da região sul do Estado.
Neste caso cada um dos 269 médicos fica responsável por um grupo de até 2970 habitantes.
O problema no município de Dourados é a pequena quantidade e até a falta de especialistas. Não há, por exemplo na cidade, médico neonatologista, profissional responsável pelos cuidados de crianças recém-nascidas nas UTIs de hospitais.
Especialidades
Dados do Conselho Regional de Medicina apontam que são 109 especialistas trabalhando em Dourados. As especialidades estão divididas assim: Cardiologia (12), Pediatria (26),
Clínica Médica (2),
Ortopedista (10),
Pneumologista (2),
Ginecologista (23)
Cardiologia (12),
Neurologista (1),
Dermatologista (4)
Oftalmologista (9)
Otorrino (4)
Gastroenterologista (4).
Em Juti, a 70 quilômetros de Dourados a realidade é ainda mais preocupante. O município tem aproximadamente oito mil habitantes, segundo dados do IBGE. No município de Juti há apenas um médico para cuidar de toda a população.
O médico ginecologista e obstetra, Silvio dos Santos Laranjeira formado há quatro anos e meio aceitou o desafio de colocar em prática tudo que aprendeu na faculdade numa cidade do interior.
O médico está tralhando no hospital e posto de saúde de Juti há cinco meses. O outro colega médico que trabalha na cidade está afastado das funções porque disputa o cargo de vice-prefeito.
O ginecologista Silvio Laranjeira conta que precisa se desdobrar durante as 24 horas do dia para dar conta de todos os atendimentos. "A gente acaba virando especialista de todas as áreas, uma situação que desgasta o profissional. Só não é pior porque o plantão noturno é bem mais calmo que em cidades grandes", disse o médico.
O ginecologista acredita que para auxiliar no atendimento à população de Juti seriam necessários pelo menos mais três profissionais.
Dourados Agora