O presidente da CEF, Jorge Mattoso, afirmou que ainda não tem detalhes sobre a ação da Polícia Federal. Ele afirmou que os policiais recolheram uma agenda que detalhava reuniões do presidente e do vice-presidente da Caixa com representantes da Gtech. A agenda registrava encontros ocorridos em abril de 2003, quando foi renovado o contrato com a empresa Gtech, que fornece o sistema de informática para as loterias da CEF.

O presidente da CEF disse que todos os documentos necessários para as investigações já haviam sido enviados à Polícia Federal. "A Caixa não tem problemas em ceder os documentos", disse. Mattoso, que atribuiu a ação da polícia a interesses políticos e eleitorais, afirmou que vai tomar as medidas judiciais cabíveis contra a ação.

Segundo ele, os mesmos documentos apreendidos desta vez já haviam sido pedidos pelo procurador do Ministério Público Marcelo Serra Azul, porém sem nenhuma autorização legal. A Caixa já entrou no início do ano com representação à Procuradoria Geral da República pela apreensão de documentos na sede da empresa, sem mandado judicial, por policiais comandados por Serra Azul.

Mattoso afirmou ter contatado o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que, segundo ele, tampouco tinha informações sobre o caso. Ainda segundo Mattoso, a CEF divulgará nesta tarde uma nota à imprensa com mais detalhes sobre o caso. A Polícia Federal também deve se pronunciar ainda hoje sobre o episódio.

Terra Redação