12 de agosto de 2004 - 10:17

PM analisa enviar mais 100 homens para fazenda Aruanã

O Comando-Geral da Polícia Militar em Campo Grande analisa a possibilidade de enviar mais 100 homens para a fazenda Aruanã, entre os municípios de Bonito e Jardim, onde cerca de 350 famílias de sem-terra ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) estão acampadas há um ano e meio.

De acordo com o coronel Ivan de Almeida, comandante-geral da PM, cerca de 200 policiais já estão na propriedade, além de parte do efetivo das polícias de Bonito e Jardim. Ele informou ainda que vai estudar hoje se manda ou não mais homens para a área. Almeida afirmou que ainda não sabe quando as famílias irão começar a deixar a fazenda Aruanã e que a polícia vai aguardar as negociações.

Ontem, o governo estadual pediu à Justiça prazo de 30 dias para a retirar as famílias da área, pertence à Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial, seita ligada ao reverendo Moon. Também ontem o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) informou que notificará a Associação sobre uma nova vistoria em cada uma das propriedades rurais do reverendo Moon.

Segundo informações da assessoria de imprensa do Incra, antigos donos de áreas tidas como bens da organização, que ainda mantêm seus nomes como titulares, também serão notificadas. A primeira a ser analisada pelos técnicos do órgão será a fazenda Aruanã.

Conforme o superintendente do instituto no Mato Grosso do Sul, Luiz Carlos Bonelli, de acordo com a Lei de Fronteira, as áreas numa faixa de 150 quilômetros entre o Brasil e os países Paraguai e Bolívia – podem passar pelo crivo do Incra. Baseado nessa condição, a fazenda Aruanã, mesmo depois da ocupação pode ser vitoriada e desapropriada.

 

 

Mídia Max