6 de dezembro de 2005 - 17:48

PF diz que esquema da Tec Mac existia desde 2001

A Polícia Federal acusa a empresa Tec Mac, uma das principais lojas de venda de materiais de escritório e produtos de informática de Mato Grosso do Sul, a manter desde 2001 um esquema de sonegação de impostos através do contrabando de produtos do Paraguai.

Em entrevista coletiva nesta tarde em Campo Grande, os delegados Luís Adalberto Philippsens e Custódio de La Paz disseram que os sócios-proprietários da Tec Mac, Márcio Irala de Lima e Lademir Zanela, utilizavam notas frias para burlar o fisco. Os dois foram presos hoje de manhã em Campo Grande durante a Operação Breakdown, deflagrada também em Mato Grosso e Paraná. A Justiça Federal decretou 21 mandados de busca e apreensão e dez mandados de prisão.

Segundo a PF, os donos da Tec Mac devem responder por crimes de contrabando, descaminho e formação de quadrilha. A investigação durou cinco meses e o esquema consistia na emissão de notas frias por meio de empresa laranja de Palotina (PR).

Segundo o site “Mídia Max News”, o material era comprado no Paraguai e transportado até Campo Grande por Guaíra (PR), passando por Naviraí, Dourados até chegar à capital. Os delegados não informaram qual o valor de evasão fiscal ou o volume de material apreendido na operação.

Ainda de acordo com o Mídia Max, os delegados informaram que parte do material apreendido – programas e peças de computador – será mantida os produtos do estoque das empresas serão levados para a Receita Federal.

O advogado Ricardo Trad, que representa os sócios-proprietários da Tec Mac, disse que as prisões efetuadas pela PF ferem o direito constitucional. Segundo ele, os dois empresários sempre colaboraram com as investigações. As prisões temporárias têm duração de cinco dias. Ricardo Trad disse que vai tentar tirar os empresários da cadeia através de pedido de um habeas corpus.
 
Diário MS
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