6 de dezembro de 2005 - 10:17

Produção florestal rendeu R$ 8,5 bilhões em 2004

A produção florestal do país somou R$ 8,5 bilhões em 2004. A maior contribuição veio das florestas plantadas (62%), seguida pelos produtos coletados em vegetação nativa espontânea (38%). Os produtos madeireiros representaram 84% do valor da produção extrativa vegetal.

Os dados são da Pesquisa da Produção Vegetal e da Silvicultura, divulgada hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo mostra a variação da produção florestal entre 2003 e 2004 e os principais estados e municípios produtores na temporada do ano passado.

A produção de resina vegetal foi a que mais cresceu (4,77%) na área das florestas plantadas, de um ano para o outro, saltando de 50.957 toneladas para 53.390 toneladas. Já o volume de madeira produzida nessas áreas caiu 12,22% em relação a 2003.

Entre os produtos coletados em vegetação nativa espontânea, a piaçava foi a que mais se destacou em 2004. A produção aumentou 25% em relação a 2003, totalizando R$ 506,96 milhões. Em seguida vieram o babaçu, com 19%; a erva-mate, com 15%; e o açaí, com 12%.

De acordo com a pesquisa, a produção de todos os derivados madeireiros recuou em 2004. A lenha caiu 0,13%; o carvão vegetal, 1,85%, e a madeira em tora, 7,55%. Dos 34 produtos não-madeireiros pesquisados, 15 aumentaram a produção entre 2003 e 2004, cinco mantiveram o mesmo nível e 14 tiveram queda.

O item com maior aumento foi o de aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes, que superou em 66,5% a produção do ano anterior. De acordo com o IBGE, o crescimento ocorreu em função da forte demanda industrial pela fava d’anta, uma planta típica do cerrado brasileiro de cujos frutos se extraem substâncias medicinais que fortalecem os vasos sanguíneos e capilares e previnem o diabetes e a catarata.

A fibra de buriti foi o segundo produto com maior aumento (36,67%). Segundo o IBGE, o crescimento da produção foi influenciado pelo incentivo à exportação do artesanato feito com as fibras dessa palmeira em comunidades de artesãs dos municípios maranhenses de Barreirinhas e Tutóia.
 
Agência Brasil