5 de dezembro de 2005 - 14:30

Leishmaniose precoupa autoridades saúde pública em Tacuru

Tacuru registrou cinco casos de leishmaniose nos nove primeiros meses de 2005, três a mais que a média dos anos anteriores registrada no município. Apesar dos casos terem aumentado, a Secretaria Municipal de Saúde afirma que está descartado o risco de uma epidemia da doença no município tendo em vista que os casos foram isolados e em diferentes meses do ano.
A doença em seres humanos em Tacuru surgiu com mais freqüência na região da Fazenda Urtigão, em uma área que faz divisa com a Aldeia Jaguapiré. Naquela região do município foram registrados quatro dos cinco casos detectados pelo setor da Secretaria Municipal de Saúde responsável pelo monitoramento e pelo combate a leishmaniose no município.
No interior da própria aldeia indígena Jaguapiré, um garoto de cinco anos chegou a contrair a doença no mês de março. Ele foi medicado e já está cem por cento recuperado segundo a Secretaria de Saúde do município. “As demais pessoas infectadas pela leishmaniose aqui no município estão recebendo tratamento, tudo por conta do município e a situação está sobre controle”, finalizou o secretário municipal de Saúde, o ex-vereador Airton de Lima Mello.

DOENÇA
A leishmaniose é uma doença infecto contagiosa que pode ser classificada como zoonose porque pode ser transmitida do animal para o homem através das fezes e da urina. A doença também pode chegar até o homem através do mosquito vetor como o mosquito palha, também conhecido como mosquito pólvora ou mosquito cangalhinha que tem hábitos noturnos.
Em fase já avançada a doença é facilmente diagnosticada pela exibição de úlceras cutâneas características. Em alguns casos a doença cutânea assume formas não ulcerosas, chamadas de impetiginoide ou tuberiformes, além de verrugosas e franboesoides, estas últimas assim denominadas pela sua semelhança com a fruta framboesa. Sem o tratamento adequado a doença leva a lesões graves e deformantes, inclusive com perdas irrecuperáveis muitas vezes do nariz e da epiderme do rosto.
Na sua forma visceral, as lesões sendo internas, principalmente no baço, se traduzem por aumento de volume desse órgão (esplenomegalia), além de febre e dor abdominal. Sua evolução leva também a hepatomegalia (aumento de volume do fígado).
 
 
Campo Grande News