5 de dezembro de 2005 - 07:27

Ferrugem da soja já está em 6 municípios

Com a identificação de mais dois focos em Aral Moreira e Antônio João, confirmados na sexta-feira pela Fundação MS já são oito os municípios com lavouras de soja infectadas com a ferrugem asiática. A doença já havia sido encontrada em lavouras de Dourados, Juti, Costa Rica e Chapadão do Sul.
As variedades que apresentaram a ferrugem são a V-Max, no caso de Aral Moreira, no estágio final de florescimento. São cultivares precoces, que foram plantadas adiantadas e cujo crescimento foi favorecido pelas chuvas abundantes.
O problema é que estas chuvas também favorecem a proliferação do fungo causador da ferrugem asiática, que se reproduz por meio de esporos. Assim os casos apareceram mais cedo este ano. Em função disso a doença está sendo mais cedo.
Para monitorar a doença a Fundação MS treinou técnicos, que coletaram amostras em lavouras comerciais de Eldorado, Amambaí, Antônio João e Aral Moreira. A orientação é para que os produtores procurem os laboratórios credenciados como a Fundação MS, laboratório de São Gabriel do Oeste, em Dourados a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e o Sindicato Rural, além da Embrapa e em Naviraí a Coopasul.
A doença é uma das mais graves da cultura, embora possa ser controlada. Quando em estágio avançado provoca lesões e desfolha no fruto, provocando a queda da soja, porque entra em maturação mais cedo. Assim a produtividade tem uma drástica redução.
O diretor-executivo da Fundação MS, Edson Pereira Borges, alerta para o produtor que tiver alguma suspeita encaminhe amostras para os laboratórios credenciados, onde as análises são feitas mediante a doação de 5 quilos de alimentos não-perecíveis, que serão encaminhados a instituições filantrópicas.
Outra medida importante a ser adotada é o monitoramento mais freqüente das lavouras, passando de um intervalo de 7 em 7 dias para no máximo de 5 em 5 dias.
 
 
 
 
Diário MS
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