3 de dezembro de 2005 - 10:33

Constatados focos de ferrugem da soja na fronteira

 

A Fundação MS constatou dois focos de ferrugem da soja nos municípios de Aral Moreira e Antônio João, depois de confirmados focos em Dourados e Chapadão do Sul. O diretor-executivo da Fundação MS, Edson Pereira Borges, faz um alerta: o produtor que tiver alguma suspeita precisa encaminhar amostras para os laboratórios credenciados, onde as análises são feitas mediante a doação de 5 quilos de alimentos não-perecíveis, que serão encaminhados a instituições filantrópicas.

Outra medida importante a ser adotada é o monitoramento mais freqüente das lavouras, passando de um intervalo de 7 em 7 dias para no máximo de 5 em 5 dias. As variedades que apresentaram a ferrugem são a V-Max, no caso de Aral Moreira no estágio final de florescimento. São cultivares precoces, que foram plantadas adiantadas e cujo crescimento foi favorecido pelas chuvas abundantes.

O problema é que estas chuvas também favorecem a proliferação do fungo causador da ferrugem asiática, que se reproduz por meio de esporos. Assim os casos apareceram mais cedo este ano. Enquanto na região de Maracaju as primeiras confirmações ocorreram nesta sexta-feira, 2 de dezembro, no ano passado somente em 14 de dezembro foram confirmados os primeiros focos.

A doença é uma das mais graves da cultura, embora possa ser controlada. Quando em estágio avançado provoca lesões e desfolha no fruto, provocando a queda da soja, porque entra em maturação mais cedo. Assim a produtividade tem uma drástica redução.

A constatação dos dois novos focos de ferrugem resultou de treinamento de técnicos pela Fundação MS, que coletaram amostras em lavouras comerciais de Eldorado, Amambaí, Antônio João e Aral Moreira.  A orientação é que os produtores procurem os laboratórios credenciados como a Fundação MS, laboratório de São Gabriel do Oeste, em Dourados a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e o Sindicato Rural, além da Embrapa e em Naviraí a Coopasul.