Segundo o jornal Diário Catarinenese, o rapaz tinha ido a Lisboa trabalhar para conseguir dinheiro e abrir uma livraria em São Bento do Sul. O acusado do crime é um pastor de 40 anos de idade da Igreja do Evangelho Quadrangular de São Bento do Sul, que batizou Alexandre há três anos. Osvaldo trabalhou para a igreja e passou a conviver com o suposto assassino, que era amigo da família e freqüentava a casa dos Lehnert.

Em Lisboa, Alexandre e o pastor moravam em uma pensão, onde ficaram amigos de um outro casal de brasileiros. O amigo do jovem assassinado, que não quis se identificar, é de Curitiba, no Paraná, e ainda mora em Lisboa. Foi ele quem descobriu que o amigo estava morto e avisou a polícia. O corpo foi encontrado dentro da mala, em um matagal a 500 metros da pensão onde morava, no bairro Anjos, em estado de putrefação.

Segundo o amigo de Alexandre, o pastor está preso e teria confessado à polícia portuguesa ter asfixiado o rapaz com um travesseiro e depois arrastado a mala até o matagal para esconder o corpo. O pai e o amigo da vítima dizem não saber o motivo do crime, pois o pastor era uma pessoa tranqüila. Ele e Alexandre trabalhavam em uma clínica de atendimento a idosos na capital portuguesa.

A assessoria de imprensa do Itamaraty confirmou a morte do catarinense e a prisão do pastor sob suspeita da autoria do crime, mas não forneceu mais informações sobre o caso. Alexandre será enterrado em Lisboa porque a família não tem dinheiro para pagar o traslado do corpo para o Brasil, que custaria em torno de 5 mil euros - cerca de R$ 14 mil. A mãe da vítima está em estado de choque.

Estadão