A seleção feminina de futebol abre nesta quarta-feira, às 12h (de Brasília), no estádio Kaftanzoglio, em Thessaloniki, contra a Austrália, a participação brasileira nos Jogos Olímpicos de Atenas (Grécia).

Esta é a terceira vez que o torneio feminino de futebol faz parte do programa olímpico. Nas duas vezes (Atlanta-1996 e Sydney-2000), as brasileiras chegaram muito próximo da medalha --terminaram em quarto.

Na Grécia, o Brasil quer concretizar o sonho do pódio inédito. Jogadoras e comissão técnica estão cientes de todas as dificuldades que terão pela frente, mas mesmo assim não deixam de almejar o ouro.

"Nós trabalhamos muito, dizendo a elas [jogadoras] que tinham de sonhar com o máximo. Batemos muito nesta tecla", destacou o técnico da seleção brasileira, René Simões, no comando do time desde março.

Simões, que treinou a Jamaica na Copa do Mundo da França-1998, vê diferença de jogo entre os homens e mulheres. Este "estilo feminino" de jogo, segundo o treinador, já foi implantado em sua equipe.

"Primeiro, temos de marcar e não deixar ninguém jogar. Na minha equipe, são 11 jogadoras atacando e defendendo. Temos de ser muito mais coletivos do que o futebol brasileiro dos homens", afirmou o técnico.

René Simões tem como base a equipe que jogou em Sydney-2000. Das 18 jogadoras, 12 estiveram na última Olimpíada, sendo que Roseli, Pretinha, Formiga e Tânia Maranhão também participaram dos Jogos de Atlanta-96.

A seleção brasileira, que está no Grupo B, enfrentará ainda na primeira fase da competição os Estados Unidos, um dos favoritos ao ouro olímpico, dia 14 de agosto, e a anfitriã Grécia, no dia 17.

 

Folha Online