4 de agosto de 2004 - 10:00

Daiane sente dores no joelho, mas minimiza situação

No primeiro dia de treinos da seleção brasileira de ginástica olímpica na Grécia, um susto para a equipe. A gaúcha Daiane dos Santos deixou o tablado de solo reclamando de dores no joelho direito, que passou por uma operação há seis semanas.

Entretanto, a reclamação foi logo amenizada pela seleção. Responsável pela operação, o médico Mário Namba, que está em Atenas, tratou de negar qualquer receio com o joelho da ginasta.

"Daiane foi operada há cerca de 40 dias e quando força o ritmo, sente um pouco de dor. Cada dia que passa, essa dor diminui, ela é natural e não preocupa", afirmou Namba, que descartou qualquer nova intervenção no local.

O médico já havia afirmado que Daiane sentiria as dores no último treino realizado no Brasil, em 25 de julho. "Ela agora depende do joelho. Vai sentir muitas dores, mas o normal é que se recupere", explicou.

Segundo a supervisora da seleção, Eliane Martins, as reclamações da ginasta são vistas com naturalidade. "Não tem nada demais. A dor que ela sente é muito menor do que as que ela teve antes do Mundial (de Anaheim, em 2003, quando teve uma operação no mesmo joelho também há seis semanas do evento)", disse.

A dirigente fez questão de ressaltar que Daiane sequer realizou exames médicos no local. "Ela não fez exame, nem nada. Está apenas mantendo o mesmo processo de fisioterapia seguido no Brasil", afirmou Eliane. Segundo Namba, a gaúcha fica mais de seis horas diariamente na fisioterapia.

A própria atleta minimizou o caso. "A dor faz parte da rotina de uma atleta", apontou Daiane, que voltará a treinar normalmente nesta quarta-feira, quando a equipe fará o primeiro treinamento no Hall Olímpico Indoor, onde será disputada a competição olímpica da ginástica.

Eliane explicou que as dores foram provocadas pela série completa do solo. "Ela fez a série completa com todos os movimentos. Como não havia feito isso antes, ela se queixou de algumas dores, mas nada demais. É um dor normal", disse.

Segundo a dirigente, as condições do tablado no local de treinamento, um ginásio próximo à Vila Olímpica, também ajudaram no aumento das dores. "O solo é meio duro por ser novo. Isso pode ter doído mais para a Daiane, mas não preocupa a gente", encerrou.

 

Gazeta Esportiva