A indústria brasileira mantém seu forte ritmo de recuperação e neste ano deve crescer 6%, muito acima dos 4% previstos para toda a economia, segundo projeções do setor divulgadas nesta terça-feira.

Desta forma, as estimativas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), principal associação do setor privado no país, foram revisadas em alta pela terceira vez em 2004.

No início do ano a CNI previa uma expansão de 4,5% no setor industrial e manufatureiro e em julho o cálculo foi ajustado para 5%, explicou a confederação em comunicado à imprensa.

"O ritmo de aumento da produção e dos empregos nos últimos meses nos permite esperar um crescimento de 6%", segundo o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, citado na informação.

Apesar do otimismo, o empresário reconheceu que as pressões inflacionárias poderão provocar "indesejáveis" aumentos nas taxas de juros brasileiras, o que poderia afetar as metas de crescimento de médio prazo no setor industrial.

"É importante então que essa pressão se dissipe para que o governo possa retomar a trajetória de redução das taxas de juros", destacou Monteiro Neto.

A taxa mínima referencial de juros no Brasil permanece em 16%, depois que o Banco Central interrompeu um ciclo de reduções mensais consecutivas como uma forma de se adiantar à ameaça de um aumento da inflação.

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