3 de agosto de 2004 - 11:22

MST quer projeto diferenciado para a educação no campo

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Paulo, cobrou hoje do governo um projeto de educação diferenciado no campo. "O que existe hoje é uma política de frota de ônibus para retirar os alunos de dentro dos assentamentos e levar para escola na cidade. Não é isso que nós queremos. Precisamos de escolas dentro dos assentamentos e uma política diferenciada para a educação no campo, uma proposta pedagógica que leve em consideração a forma de vida do camponês. O MST está disposto a ter esse debate com o MEC e com o Minstério do Desenvolvimento Agrário”, disse hoje durante a 2ª Conferencia Nacional por uma Educação do Campo. O evento reúne mais de 1.100 pessoas em Luziânia (GO).

“A segunda cerca que precisamos romper, além da do latifundiário, é a cerca da educação”, disse João Paulo. O presidente do INCRA, Rolf Hackbart, disse que o governo deve ampliar os programas de educação no campo, como o Programa Nacional de Educação para a Reforma Agrária – PROMERA. Segundo Hackbart, o PROMERA já educou mais de 110 mil trabalhadores rurais. De acordo com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 30% da população rural no Brasil é analfabeta.
 
Agência Brasil