Dirigentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen), de representantes das Centrais de Abastecimento (Ceasas) nos estados e do Ministério da Agricultura reúnem-se nesta segunda-feira, na sede da companhia, para discutir a criação do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro.

Este mecanismo permitirá que a estatal passe a coordenar a política nacional de produção e comercialização hortigranjeira, responsável por cerca de 40% do movimento de frutas e verduras consumidos no país e considerado importante no âmbito da segurança alimentar e do abastecimento.

Durante todo o mês, o assunto será debatido em workshops que destacarão as deficiências existentes e as alternativas para que as centrais cumpram adequadamente o papel a elas atribuído. A previsão é de que, no final do mês, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, o presidente da Conab, Luís Carlos Guedes Pinto, dirigentes da Abracen e das Ceasas lancem o programa.

A medida responde a uma reivindicação antiga das próprias centrais de abastecimento, divulgada na Carta de Belo Horizonte, em agosto de 2003, e ratificada pela Carta de Porto Alegre, em dezembro.

Segundo o diretor de Gestão de Estoques da Conab, Eledil da Silva Bessa, a intenção é resgatar, no governo Lula, a coordenação do processo de comercialização, pesquisa e orientação técnica das atividades agrícolas das Ceasas, trabalho executado no passado pela Cobal, na gestão do Sistema Nacional de Centrais de Abastecimento (Sinac).

Atualmente, a presença do governo federal neste segmento é representada pela Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais (Ceagesp) e a Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa/MG), órgãos também vinculados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como a Conab.