30 de julho de 2004 - 17:23

Palmeiras pede indenização e rejeita volta de Rogério

O diretor-executivo do Palmeiras, Antônio Carlos Corcione, disse na noite de quinta-feira que o clube não quer a reintegração do meia/lateral Rogério, e sim um ressarcimento financeiro. Uma decisão da Justiça diz que o atleta ainda está "preso" ao time do Parque Antarctica, já que o clube não recebeu o dinheiro por sua transferência para o Corinthians, em 2000.

Na quinta, a sentença da juíza Maria Aparecida Vieira Lavorine, da 26ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, estabeleceu que Rogério tem que voltar ao Palmeiras num prazo de 24 horas. Caso não cumpra isso, ele terá que pagar uma multa diária de 40 salários mínimos --a multa passa a valer somente depois que o atleta for notificado oficialmente.

"Não iremos obrigar o Rogério a jogar no Palmeiras. Ele tem o direito constitucional de trabalhar onde bem entender, mas terá que ressarcir o clube pela quebra de contrato", disse Corcione à rádio Jovem Pan.

Rogério, que já foi apresentado pelo Sporting (Portugal) como novo reforço, saiu do Palmeiras em 2000. Na época, o contrato do atleta havia se encerrado e o passe do jogador havia sido fixado na Federação Paulista de Futebol com o valor de R$ 8,6 milhões.

Com uma medida cautelar a seu favor, o jogador conseguiu se transferir para o Corinthians por R$ 3,5 milhões. Segundo Antonio Roque Citadini, vice-presidente de futebol do clube do Parque São Jorge, o dinheiro teria sido sacado pelo próprio atleta, que agora terá que repassá-lo ao Palmeiras.

Corinthians

Na terça-feira, os advogados de Rogério chegaram a um acordo, após uma audiência na 20ª Vara do Trabalho, em São Paulo, para o jogador deixar o Corinthians. O meia aceitou receber R$ 570 mil, divididos em uma parcela de R$ 200 mil e outras dez de R$ 37 mil --inicialmente, ele queria ser liberado imediatamente alegando atrasos de pagamentos e chegou a cogitar pedir uma indenização de R$ 15 milhões.
 
Folha Online