No dia 5 de janeiro de 2024, o futebol brasileiro perdeu uma de suas maiores lendas, Mário Jorge Lobo Zagallo, aos 92 anos. O ex-jogador e técnico, único tetracampeão mundial, faleceu no Rio de Janeiro após uma batalha contra a falência múltipla de órgãos.

Zagallo, nascido em Atalaia (AL), desde cedo demonstrou seu talento nos gramados cariocas. Sua trajetória começou nas peladas do Maracanã, passou pelas categorias de base do América e culminou em uma carreira brilhante no Flamengo. Aos 18 anos, enquanto servia o Exército, iniciou sua relação com Copas do Mundo, testemunhando a dolorosa derrota para o Uruguai em 1950.

Conquistou seu primeiro título mundial em 1958, sendo peça-chave na seleção brasileira que venceu a Suécia na final. Apelidado de "Formiguinha" pela sua incansável corrida e contribuição defensiva, Zagallo deixou uma marca indelével no cenário esportivo.

Bicampeão em 1962, defendendo o Botafogo, Zagallo encerrou sua carreira como jogador em 1964. Rapidamente, iniciou uma bem-sucedida carreira como treinador, levando o Brasil ao tricampeonato em 1970, uma equipe considerada por muitos a melhor da história.

Em 1994, contribuiu como coordenador técnico para o tetracampeonato nos Estados Unidos. Seu estilo marcante, visível em seu icônico visual de 1998, é agora homenageado no Museu da Seleção. Zagallo, com seu inconfundível "Vão ter que me engolir!", conquistou também títulos à frente de clubes brasileiros e seleções internacionais.

Além de suas conquistas, Zagallo era conhecido por suas frases marcantes, como a celebração do número 13, presente em momentos importantes de sua vida e carreira. Seu legado vai além das quatro linhas, deixando uma herança de paixão e sucesso para as futuras gerações do futebol brasileiro. A partida de Zagallo deixa um vazio no coração dos amantes do esporte, mas seu nome será eternamente lembrado como parte fundamental da rica história do futebol mundial.