Topmidia news | 14 de julho de 2022 - 06:56 PREOCUPANTE

'Quase fui estuprada e o bandido saiu dali': antiga invasão causa pânico em cidade do MS

As famílias da antiga invasão do bairro Canguru foram realocadas, mas os barracos ficaram pra trás virando esconderijos de bandidos

Mulher de 45 anos de idade, moradora do bairro Canguru, próximo à região onde haviam famílias instaladas através de invasão denuncia que quase foi vítima de estupro  nesse domingo (10), por um homem que saiu de uma dos barracos deixados para trás.

Conforme a vítima relatou à equipe de reportagem do TopMídiaNews, era por volta das 18h quando ela saiu de sua casa para visitar a mãe, que mora no mesmo bairro. No trajeto, o homem saiu da invasão e tentou agarrá-la.

"Ele tentou me segurar e disse que ia me estuprar igual uma cadela. Por sorte, eu consegui me desvencilhar e correr de volta para minha casa. A minha cachorra começou a latir muito e consegui trancar o portão", conta a mulher que preferiu não se identificar. 

Ela reclama que o local está escuro e há esse abandono dos restos de construção. "Olha a falta de segurança é um grande problema por aqui. Não temos iluminação pública porque os bandidos vieram e furtaram os fios, e até hoje não foram repostos. E agora, tem mais essas casas abandonadas aí nesse terreno. Precisamos de solução pra tudo isso, e mais policiamento no bairro."

As famílias que moravam nas pequenas construções e barracos foram realocadas no residencial Canguru, entregue no mês passado, pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O problema, é que ainda há moradias abandonadas ali, e que estão se tornando esconderijos para bandidos.

O que diz a prefeitura?

A assessoria de comunicação da Prefeitura de Campo Grande informou que os barracos estão sendo demolidos.

"A Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários informa que os barracos estão sendo demolidos conforme as famílias estão se mudando. Já foram derrubadas 18 ocupações irregulares. O Ministério Público Estadual está acompanhando a remoção promovida pela Amhasf, Sisep e Semadur. Em breve, o local será limpo e fechado."

O que diz a PMMS?

O caso e pedido de mais segurança também foi encaminhado a Polícia Militar de MS, que informou que "o patrulhamento na região é realizado diuturnamente, por meio das viaturas operacionais da 6ª Cia  da Polícia Militar e Unidades Especializadas (BOPE, Batalhão de Choque, Batalhão de Polícia Militar Ambiental, entre outros)."

Segundo a nota, "após a implementação do OCOP, a área tem sido patrulhada constantemente e as viaturas monitoradas em tempo real, com rondas programadas conforme a mancha criminal e ainda com incremento conforme solicitações que chegam à OPM."

A PMMS diz também que "lém das ações rotineiras, operações extraordinárias são realizadas para saturar alguma área crítica da unidade. A demanda apresentada foi repassada ao Comandante local, que providenciará novas medidas de prevenção na região."