Ric Mais | 23 de junho de 2022 - 14:41 ASSASSINATO NA ESCOLA

Velório de adolescente que morreu após briga escolar é marcado por revolta

Alekson foi velado e sepultado nesta quinta-feira (23); família questiona causa da morte

Nesta quinta-feira (23), o corpo de Alekson Ricardo Kongeski foi velado e enterrado em Apucarana, no norte do Paraná. Ele, que tem 13 anos, morreu após se envolver em uma briga escolar registrada na noite desta terça-feira (21). Familiares não aceitam a informação da Polícia Civil de que a morte não foi causada por espancamento.

(Foto: Eliandro Piva/RICtv/Redes sociais)

Na quarta-feira (22), em entrevista ao vivo para o apresentador do Balanço Geral Londrina, Giuliano Marcos, o delegado Felipe Pinheiro Rodrigues fala sobre as investigações. Ele diz que o menino pode ter morrido em decorrência de um mal súbito, e não devido à agressões. Isso porque o corpo do jovem não teria marcas de violência.

Entretanto, a família discorda da possibilidade e questiona a informação. A tia de Alekson, Patrícia Kongenski, afirma ter visto ferimentos no corpo.

 

Eu quero que venham e que me falem que naquele corpo não tem marca de agressão. Ele está com as mãos tudo raladas, o rosto roxo […]. Como que aquilo não é agressão? Aquilo é agressão. […] Se ele teve morte súbita, ela veio através da agressão que ele sofreu”,

disse Patrícia Kongenski.

A família, que confirma o quadro de convulsão, acredita que a briga poderia ter sido evitada pelo Colégio Padre José Canale. De acordo com Andressa dos Santos, madrasta de Alekson, a briga estava “marcada” para segunda-feira (20) porque o jovem havia defendido outro aluno.

“Quando foi na terça-feira, armaram para pegar ele na saída do colégio. Só que não deu tempo”,

conta Andressa.

De acordo com a Polícia Militar (PM), seis adolescentes estão envolvidos nas agressões. O delegado Felipe Pinheiro Rodrigues disse que somente uma pessoa teria agredido o adolescente e as outras teriam participação apenas prestando “assistência moral ao fato”.

 

 Instituto Médico Legal (IML) deve fazer novos exames. O laudo oficial deve ser divulgado em 10 dias. Os seis adolescentes envolvidos no caso prestaram depoimentos e foram liberados.

A briga aconteceu na Rua Emiliano Perneta. A PM o encontrou caído no chão com uma pessoa sobre o seu corpo fazendo massagem cardíaca, tentando reanimá-lo. A troca de socos e chutes foi filmada por testemunhas.