Ric Mais | 15 de setembro de 2021 - 16:44 PEDOFILIA

Pedófilo morre esfaqueado pelas três filhas adolescentes enquanto dormia

Exames de autópsia comprovaram o comportamento abusivo do homem e as três irmãs podem ser absolvidas da acusação

As novas descobertas médicas detalhadas podem levar à absolvição das jovens Krestina, Angelina e Maria Khachaturyan. Isso porque uma autópsia descobriu que o homem era um agressor sexual infantil com “tendência à agressão”, que tinha “preferências sexuais especiais voltadas para suas próprias filhas”.

Além disso, as irmãs apontam que o pai fez repetidas ameaças de morte a elas, caso não sucumbissem às suas demandas. Elas também acreditavam que ele as mataria, segundo os resultados do Instituto Serbsky de Exames Psicológicos, Psiquiátricos e Médicos.

“Os exames confirmaram a violência do pai contra as filhas. Os especialistas descobriram que cada uma das meninas desde 2014 sofria de síndrome de abuso e transtorno de estresse pós-traumático – todas essas condições têm uma relação causal direta com as ações de Khachaturian”, afirmou Mari Davtyan, advogada de Angelina.

O relatório constatou que o pai abusivo manipulou suas filhas com ameaças, violência, humilhação, além de “espancar, zombar delas e praticar abusos físicos e sexuais”. Ficou provado, além disso, que as meninas não tinham outros parentes próximos que pudessem impedir o pesadelo que enfrentavam. A defesa das três deve argumentar, no tribunal, que agiram em legítima defesa. Atualmente, as duas irmãs mais velhas estão presas acusadas de assassinato e Maria, a caçula, cumpre pena em um hospital psiquiátrico, depois de ser julgada temporariamente inimputável.

As irmãs foram acusadas por membros distantes da família de mentirem sobre o histórico de abusos do pai e de estarem interessadas apenas no dinheiro. Olga Khalikova, assistente de acusação, afirmou que as conclusões não poderiam ser baseadas apenas no depoimento das acusadas.

O caso foi visto como um teste decisivo na Rússia para saber como a lei lida com o abuso sexual doméstico. Segundo o Daily Star, uma campanha já conta com quase um milhão de assinaturas pedindo a liberdade das três irmãs.