28 de julho de 2004 - 07:56

Novas versões do vírus MyDoom podem atacar em breve

O MyDoom.O, vírus de computador que atacou o Google e outros sites de busca nesta segunda-feira, está aos poucos deixando de ser um problema para servidores do mundo inteiro, disseram especialistas de segurança. Novas versões da praga, no entanto, podem surgir nos próximos dias e os usuários devem ficar alertas.

O MyDoom.O, que também causou um leve congestionamento na web, usa uma técnica "sutil" para se espalhar pela web. Os e-mails que chegam se passam por mensagens do provedor de internet do usuário e dizem que o computador da vítima está sendo usado por hackers para mandar spam (as mensagens não-solicitadas de correio eletrônico).

Uma vez que ele abre o arquivo anexo --supostamente usado para eliminar o problema do micro-- o computador é contaminado pelo MyDoom.O.

Segundo Jack Clark, especialista de antivírus da McAfee, ao site da "BBC" (news.bbc.co.uk), o ritmo de propagação do vírus está diminuindo, pois o Google e outros mecanismos de busca estão voltando ao normal. "Vamos ver uma diminuição [na velocidade de propagação] do MyDoom", afirmou.

Ele afirma, entretanto, que novos vírus --que usam as mesmas técnicas dessa praga virtual-- devem surgir nos próximos dias.

Evolução

Segundo especialistas de segurança, o novo MyDoom apresenta uma séria evolução em relação a seus antecessores. Além de procurar por endereços de e-mail no computador contaminado, a praga também usa mecanismos de busca, como o Google, para procurar novos endereços.

Os sites mais atacados foram o Google, o AltaVista, o Lycos e o Yahoo!. "Esse vírus apresentou uma nova técnica em propagação de e-mails, neste caso usando mecanismos de buscas da web", disse Clark.

"Você tem, potencialmente, dezenas de milhares de máquinas, cada uma gerando dezenas de milhares de pesquisas no Google. Isso é suficiente para tirar o site do ar", afirmou.

De acordo com a MessageLabs, empresa que filtra e-mails, cerca de 23 mil cópias do vírus foram bloqueadas nas primeiras cinco horas.
 
Folha Online