O Procon (Coordenadoria de Orientação e Defesa do Consumidor) deve instaurar um processo administrativo contra a Vivo, operadora de telefonia móvel, para apurar os problemas no sistema operacional da empresa, ocorridos na semana passada e que acarretou uma pane parcial dos celulares na Capital. Na ocasião muitos assinantes da Vivo não conseguiam completar as chamadas pelo celular.

Somente em alguns dias, no período em que o problema ocorreu, o número de reclamações contra a empresa foi 50% maior que o total registrado de janeiro a junho, segundo aponta o superintendente do Procon, delegado Itamar Chamorro. O processo está na fase de formulação e deverá ser elaborado um dossiê, contendo as reclamações de cada cliente, além de notas veiculadas pela imprensa.

Porém o superintende adiantou a necessidade de um maior número de reclamações, para que seja dada maior consistência ao documento. Chamorro apontou a operadora Vivo como a mais reclamada no semestre, com mais da metade dos registros, considerando o setor de telefonia móvel. “Precisamos saber o que está acontecendo”, diz.

Caso constatada a irregularidade ou comprovados prejuízos sofridos pelos clientes, a operadora será notificada a esclarecer a falha, podendo até ser multada. O valor da multa aplicada pelo Procon varia entre R$ 2 mil e R$ 3 milhões. No período em que as falhas nas ligações aconteceram, a operadora trabalhava na instalação do novo sistema CDMA de telefonia, inaugurado nesta segunda-feira na Capital.

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