Diario Corumbaense | 18 de setembro de 2020 - 15:14 EDUARDO COSTA NO PANTANAL

Embarcação é desencalhada e segue viagem; cantor Eduardo Costa vai gravar DVD no Pantanal

O nível do rio Paraguai está muito baixo e durante uma manobra, na tarde de quinta-feira, o barco-hotel da empresa de turismo Peralta Cruise, encalhou.

Barco Peralta foi desencalhado com apoio de um rebocador de bandeira paraguaia nesta manhã - Diario Corumbaense

Foi desencalhada na manhã desta sexta-feira, 18 de setembro, a embarcação que ficou presa provavelmente em um banco de areia, em frente à Prainha do Porto Geral de Corumbá. O nível do rio Paraguai está muito baixo e durante uma manobra, na tarde de quinta-feira, o barco-hotel da empresa de turismo Peralta Cruise, encalhou.

Um rebocador de bandeira paraguaia foi usado na retirada da embarcação de três andares e peso de 270 toneladas. O barco foi construído em 1989  e remodelado em 2017. Tem capacidade máxima para 20 pessoas e conta com 10 suítes.

Além do rebocador, militares da Marinha do Brasil foram acionados, realizaram uma vistoria na embarcação e também ajudaram nos trabalhos. 

“Ontem tínhamos uma saída programada, fizemos o abastecimento da embarcação e aí deve ter banco de areia pela localidade, o que ocasionou o encalhe porque o rio está baixo. Hoje, recebemos apoio da Capitania dos Portos e de alguns outros colaboradores", explicou Luiz Roberto Barreto Sakamiti agradecendo o apoio que recebeu de parceiros que atuam no mesmo setor.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Barco atracado no Porto para embarque da tripulação e do cantor Eduardo Costa

“Nunca vi uma situação como essa em três décadas. Estou em Corumbá com o Peralta desde 1989, eu nunca vi o rio baixar tanto do jeito que está hoje, é uma situação atípica que estamos vivendo. Inclusive, todos os parceiros de outros barcos também estão com dificuldade devido aos bancos de areia”, completou o empresário ao Diário Corumbaense.

Sobre as viagens, Luiz disse que, “por segurança já fizemos na semana passada uma viagem navegando durante o dia e desde então, tomamos todos os cuidados. A embarcação tem sonar que auxilia guiando, ou seja, nos dá precisão da profundidade do rio. Agora com o problema resolvido, é seguir viagem com o cantor Eduardo Costa”, finalizou.    

“Trabalho Caipirão” no Pantanal 

A embarcação, que realiza viagens de pesca esportiva no Pantanal de Corumbá, seguie viagem com o cantor sertanejo, Eduardo Costa. Depois que o barco encalhou, o artista passeou pelo Porto Geeral, atendeu alguns fãs e passou a noite em um hotel da cidade.

O cantor gravou um vídeo de 34 minutos em sua rede social, explicando que aguardava a embarcação ser desencalhada e que sua vinda até Corumbá é a trabalho, para gravar um DVD intitulado: “Eduardo Costa no Pantanal”.

“Estou aqui para gravar um DVD, um trabalho maravilhoso, trabalho top! Era para eu ter começado a gravar hoje, mas infelizmente o barco que eu ia gravar teve um problema e ele encalhou e acabou não dando para a gente entrar na gravação. Mas começo nesta sexta, vai ser um trabalho maravilhoso, diferente, bem mais regional, moda mais caipira. Trabalho caipirão! Trem bem diferente”, disse o artista.

Ele também agradeceu a acolhida que teve na cidade. "Quero aqui agradecer o povo de Mato Grosso do Sul, pelo carinho, estou em Corumbá, tive a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas", disse Eduardo Costa.

Pior seca em 50 anos

Nesta sexta, a altura do rio Paraguai, na régua de Ladário, é de 0,25 metro. O rio é o oitavo maior em curso de água da América do Sul. Tem cerca de 2.600 km de extensão. Nasce no município de Alto Paraguai, a 219 km de Cuiabá, e banha quatro países, na nascente no Brasil, passando pela Bolívia, Paraguai e chegando à foz na Argentina.

Com as nascentes localizadas em Mato Grosso, o rio banha também Mato Grosso do Sul, seguindo o curso e entrando em águas internacionais passa pela Bolívia, Paraguai, deságua no Rio Paraná e termina de encontro ao mar na Argentina.

O rio vive a pior seca dos últimos 50 anos. Sem chuva, o nível segue baixando e segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o rio já atingiu o menor nível da história. Em anos normais, nessa mesma época do ano, o rio passa dos três metros.

Em 25 dias, o rio pode atingir seu nível mais crítico, chegando a 30 centímetros abaixo da cota que é considerado o nível mínimo, segundo o G1.