27 de julho de 2004 - 12:59

Delegado diz que chacina em Unaí custou R$ 50 mil

 O delegado da Polícia Federal Antônio Celso dos Santos, responsável pela investigação dos assassinatos de três fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho em Unaí (MG), revelou que a chacina teria custado cerca de R$ 50 mil, pagos pelo empresário Hugo Pimenta. O delegado também declarou que o responsável pelas negociações foi José Alberto de Castro, empregado de Hugo Pimenta. O motivo da chacina teria sido o trabalho do fiscal Nelson José da Silva, considerado pelos empresários da região de Unaí um fiscal rigoroso e que aplicava muitas multas.

Os funcionários do Ministério foram mortos no dia 28 de janeiro, em uma estrada próxima a Unaí, enquanto fiscalizavam denúncias de trabalho escravo em plantações de feijão na região noroeste de Minas Gerais. O objetivo era checar as condições de trabalho, remuneração e acomodação das pessoas arregimentadas para a colheita.

O empresário Hugo Pimenta e seu empregado José Alberto de Castro estão presos na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, mas não quiseram prestar depoimento. Eles alegam que só falarão para a Justiça. O delegado não quis confirmar a participação do empresário Norberto Mânica na execução dos fiscais e do motorista. Mânica, conhecido produtor de feijão da região, teria ligações com Hugo Pimenta, de acordo com Francisco Pinheiro, um dos acusados. Pinheiro foi um dos detidos durante operação destinada a prender uma quadrilha de roubo de cargas que atuava no município goiano de Formosa, e acabou confessando o crime de Unaí. Informações da

 

Agência Câmara