Capital do Pantanal | 3 de abril de 2020 - 12:03 COVID-19

Sulmatogrossense de Ladário morre de coronavírus no Rio de Janeiro

Uma amiga de Robson fez publicação em rede social e ainda fez um apelo para que a população se projeta.

Robson Soares do Carmo, de 51 anos, morreu na quinta-feira (2) vítima do novo coronavírus no Rio de Janeiro

Nascido em Ladário, Robson Soares do Carmo, de 51 anos, morreu na quinta-feira (2) vítima do novo coronavírus no Rio de Janeiro, onde atuava após ser transferido pela Marinha. A esposa e filhos que moravam com ele também estariam contaminados.

Conforme o site Capital do Pantanal, o enterro de Robson será realizado no Rio de Janeiro, já que conforme as recomendações do Ministério da Saúde e da OMS (Organização Mundial de Saúde), em casos de morte por coronavírus não é feita remoção para outro estado ou mesmo velório, para evitar aglomerações.

Uma amiga de Robson fez publicação em rede social e ainda fez um apelo para que a população se projeta. 

Confira a postagem:

Estamos assistindo, dia após dia, através dos canais de televisão, as notícias a respeito dos resultados dessa pandemia. Até então, a minha profunda tristeza, estava “apenas” relacionada aos falecimentos de milhares de pessoas que eu não conhecia e que muito provavelmente, eu jamais viria a conhecer.

Mas infelizmente, a minha família também foi “escolhida”, para sentir na própria pele, a dor imensa, de perder um ente querido, que nos deixou no dia de hoje, morte essa causada pelo COVID-19. Acabei de receber essa trágica notícia: meu amigo-irmão, Paulo Robson Soares Do Carmo, faleceu.

Muito mais que um amigo, um IRMÃO, que Deus “me presenteou” há quase 20 anos. Sempre fomos como irmãos, eu, ele e a esposa dele. E os meninos, meus sobrinhos. O Robson e quase toda a sua família (esposa, dois filhos e uma nora), foram contaminados, e hoje ele nos deixou Apenas o filho mais velho, não foi contaminado.

Essa “dor” que eu estou sentindo, bem como os meus filhos, mãe e irmã, eu não desejo à nenhum de vocês. Não poderemos nos despedir dele. Não poderá ter funeral. Não poderemos abraçar a esposa, filhos, netos e noras dele. O corpo dele, não poderá ser enviado para a terra natal deles para ser enterrado no jazigo da família.

Não poderemos fazer, absolutamente NADA, além de chorar e pedir ao Pai, que CURE a família dele. Peço por favor, que hoje, ao irem deitar, incluam em suas orações, os nomes dos meus amigos (família dele) e do próprio Robson. Eles, mais que nunca, precisam das nossas orações. Deixo aqui o meu agradecimento e um aviso:  CUIDEM-SE!

Esse vírus, não escolhe idade, sexo, cor, religião, preferências políticas, sexuais ou raça.