Midiamax | 19 de fevereiro de 2020 - 16:09 100 EMPREGOS

Fechamento do Extra deve deixar mais de 300 desempregados em Dourados

Prefeitura de Dourados trabalha para realocar os funcionários em outras empresas

Movimento cresceu após notícias de ofertas. (Foto: Marcos Morandi, Midiamax)

Depois de 10 anos  em funcionamento em Dourados, o Hipermercado Extra decidiu fechar as portas e deve deixar mais de 300 pessoas desempregadas na cidade. Embora o Grupo Pão de Açúcar, que controla a empresa,  ainda não tenha se manifestado oficialmente, a notícia não é segredo entre os funcionários, que confirmam a medida.

Na avaliação do secretário de Desenvolvimento Econômico, Cláudio Gaiofatto,  que esteve em reunião com representantes do grupo, a prefeitura vinha há cerca de 120 dias conversando com a diretoria do grupo responsável pelo hipermercado para impedir o fechamento, e evitar o desemprego de mais de 300 pessoas.

Cláudio Gaiofatto disse que a prefeitura  foi informada que a decisão do grupo ocorre por uma necessidade de reestruturação . Segundo ele, o município trabalha agora para tentar realocar os funcionários que serão demitidos em outras empresas da cidade e que  já existe negociações para a vinda de uma outra  empresa no local.

O Hipermercado Extra foi inaugurado em Dourados,  em 2010 num espaço de quase 6 mil m² de área construída na avenida Marcelino Pires, em frente ao terminal rodoviário. Na época, o investimento foi de R$ 18 milhões e gerou grandes expectativas para a economia local.

Repercussão

“Muita gente já sabia que isso ria acontecer a qualquer momento, mas no fundo também esperávamos que a situação pudesse ser revertida”, disse uma funcionária que trabalha na empresa desde a inauguração, mas que prefere não se identificar.

Outro colega que foi contratado no ano passado já tinha ouvido conversas, mas achava que eram apenas especulações. “Ainda não sei o que vou fazer a partir do próximo mês”, conta o funcionário. Segundo ele, a informação é de o hipermercado irá fechar definitivamente as portas no dia 29 de fevereiro.

Do outro lado do balcão, ou seja, sob o olhar dos clientes, a cidade fica sem mais uma opção de escolha. “Gostava de vir aqui, principalmente nos finais de semana. Tinha estacionamento e sempre apareciam boas ofertas”, conta a professora Elizete Gonçalves Ferreira.

“É lamentável receber uma notícia dessas. Estou aqui procurando me colocar no lugar desses funcionários que ficarão sem emprego”, comentou a funcionária pública Marinete Garcia Santana, que ficou sabendo das ofertas que o Hipermercado está fazendo e decidiu conferir. Ela é uma das pessoas engrossava uma das filas que se formou em frente aos caixas.