Tarobá News | 3 de dezembro de 2019 - 12:40 CARCERE PRIVADO

Padrasto mantém adolescentes amarrados há mais de 24 horas. Mãe não sabe motivo de sequestro

Conforme informações repassadas pela polícia, o suspeito está armado com uma faca e se mostra irredutível na negociação para soltura das vítimas.

Na casa estão em cárcere privado dois adolescentes de 12 e 13 anos, identificados como Ana e João.

Um homem, de 39 anos, mantém como reféns dois enteados adolescentes, em Cafelândia, na região oeste do Paraná. O sequestro teve início nesta segunda-feira (2) e já dura mais de 24h, de acordo com a Polícia Militar.

Conforme informações repassadas pela polícia, o suspeito está armado com uma faca e se mostra irredutível na negociação para soltura das vítimas.

Uma menina de 10 anos, que estava na casa, conseguiu fugir.

Na casa estão em cárcere privado dois adolescentes de 12 e 13 anos, identificados como Ana e João.

A família só deu conta da situação, inclusive a mãe dos adolescentes, quando o patrão do padrasto ligou para ela pedindo o porque ele não foi trabalhar, e ao chegar em casa perceberam o sequestro. Segunda a irmã do sequestrador, a mulher dele saiu no domingo a noite para cuidar da casa da patroa que viajou.

tarobanews.com

ENTENDA O CASO

BOPE AJUDA NAS NEGOCIAÇÕES

Uma equipe do BOPE (Batalhão de Operações Especiais) se deslocou de Curitiba para ajudar nas negociações do sequestro. O local foi isolado.

Um dos policiais conseguiu iniciar a conversa com o padrasto, que tem utilizado um espelho para se comunicar e mostrar ele e os adolescentes. Os menores foram amarrados.

Segundo o major Jorge Aparecido Fritola, o homem está irredutível para encerrar o sequestro. “O negociador está trabalhando bastante essa questão, para tentar acalmar ele, oferecer oportunidades para que ele possa sair de uma forma tranquila, sem que seja necessária a utilização do apoio tático”, disse.

O homem não teria informado por qual motivo estaria mantendo os enteados presos. “Ele não entrou em detalhes do que seria o motivo de ele fazer as crianças de refém, nessa situação toda. Ele varia bastante o humor, as vezes ele tem picos de agressividade, de repente ele fica mais tranquilo. Então isso tem se desdobrado dessa forma”, afirmou.

O major disse que a noite toda foi de negociações e que o homem não dormiu. Apenas as crianças.

No local também estão advogados, conselheiros tutelares e psicólogos que colaboram na conversa com o sequestrador.