'Que pena não ter realizado seu sonho, ver eu me formar', diz filha de Reinaldo, o príncipe do pagod
O músico morreu na madrugada desta segunda-feira — ele, que tinha 65 anos e estava hospitalizado.
A filha de Reinaldo, o príncipe do pagode, utilizou suas redes sociais para prestar uma homenagem ao pai. O músico morreu na madrugada desta segunda-feira — ele, que tinha 65 anos e estava hospitalizado, lutava há quatro contra um câncer. Em sua conta no Instagram, Bianca Zacarias postou uma imagem dela ao lado do artista. Na mensagem, além de declarar o seu amor ao cantor, a jovem lamentou o fato dele não ter tido tempo de vê-la formada: "Que pena não ter realizado seu sonho, ver eu me formar".
"Pai... eu não tive a oportunidade de me despedir, de me desculpar, de dizer 'eu te amo' de novo e de novo. Mas cada momento em que estivemos juntos nós vivemos intensamente", consta de um trecho da mensagem.
"Hoje eu percebi que você descansou, lutou até o fim pela vontade que tinha de viver e aproveitar a vida. Que pena não ter realizado seu sonho, ver eu me formar... mas eu vou fazer isso, por você", continuou a jovem.
Bianca agradeceu ainda ao apoio que recebeu:
"Obrigada a todos hoje que tiraram um tempinho para estar comigo ou falar palavras de conforto", escreveu a filha de Reinaldo.
Nobre apelido
Conhecido como Príncipe do Pagode, Reinaldo recebeu o apelido ainda na década de 1980 por um locutor de rádio de São Paulo. No início, não quis aceitar o título, tinha medo de ser visto como esnobe pelos outros colegas músicos.
Apesar da doença, o cantor levava a vida com leveza e esperança. Continuava fazendo shows, em média 16 por mês. Numa entrevista em abril, o artista falou sobre as lições que tirou dos desafios que andava enfrentando:
— Deus não dá o fardo maior do que podemos carregar. A lição que eu tiro é que a gente tem força para segurar a onda de tudo que vier. Deus me usou para servir de exemplo para uma porção de pessoas que se espelham em mim. Nem eu sabia que era tão forte — disse ele, afirmando que gostaria de se curar, mas que não poderia ficar chateado:
— É uma bênção um cantor com câncer de pulmão continuar exercendo a sua profissão. Só tenho medo de morrer porque viver é muito bom.