Por Luciano Gazola | 1 de novembro de 2019 - 18:52 ARTIGO DA SEMANA

ARTIGO: 'Sobre o dias dos finados', Por Luciano Gazola

ARTIGO: 'Sobre o dias dos finados', Por Luciano Gazola

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ARTIGO - Sobre o dias dos finados, Por Luciano Gazola
 
Há um tempo atrás não muito distante protestantes e católicos eram enterrados em cemitérios diferentes. 
Minha avó e meu avô materno foram enterrados em um pequeno cemitério Luterano no interior do Rio Grande do Sul. 
 
Como se no céu tivéssemos bairros. Já pensou? O rico enterrado em um mausoléu de mármore morando em uma mansão celestial enquanto o pobre enterrado na terra bruta morando em um barraco celestial. 
O céu seria um inferno.
 
Minha impressão de justiça só se realiza no céu. Já não acredito mais que a terra faça justiça, temos vistos homens maus vivendo bem até o fim de suas vidas. 
Mas quando vejo um cemitério tenho a sensação de que tudo está resolvido e não digo isso pensando em inferno ou em castigo.
 
Mas então o que representa pra nós o dia de finados? 
Representa história. E possivelmente algumas das mais importantes de nossas vidas. 
Representa saudades.
 
Na beira do túmulo dos meus avós me reencontro com a minha história, com a minha origem. Cada lembrança nos leva a celebrar a oportunidade de viver, de ter tido aquele amor do nosso lado e a oportunidade de ser a história de alguém. É a hora da gratidão.
 
Quem vive intensamente os dias de vida não leva culpa pro cemitério.
Quem da flores em vida pode levar flores aos túmulos com gratidão, sem a dor do arrependimento.
O dia dos mortos deve nos fazer lembrar dos vivos e da importância de se aproveitar cada momento.
No mais fica a fé Naquele que disse e venceu a morte. 
Deus abençoe a vida e a ressurreição.
 
Luciano Gazola, professor, teólogo e comerciante em Fátima do Sul.