O assalto ocorreu no terminal de cargas do aeroporto de Campinas (SP). O alvo foi um carro-forte que iria carregar malotes de dinheiro para um avião com destino para a Inglaterra. Houve troca de tiros e dois funcionários a empresa de transporte de valores foram baleados.

Na fuga, fora do aeroporto, três criminosos foram mortos, um deles após fazer uma mulher e a filha dela reféns por cerca de duas horas. A Polícia Militar (PM) estima que cerca de 20 homens participaram da ação e o restante está foragido. Cinco pessoas ficaram feridas.

'Vi meu filho sumir da minha vida'

Parte da quadrilha usou um caminhão de lixo para fugir. O homem tinha acabado de tirar o carro da garagem quando o veículo passou em alta velocidade e raspou na lateral do automóvel dele.

Em seguida, o rapaz cobrou o pagamento pelo prejuízo no veículo. "Ele falou ‘então faz o seguinte, segue a gente até a garagem’. Aí já encostou duas viaturas da GM", lembrou o homem.

Durante a troca de tiros, o carro dele foi atingido diversas vezes. O homem foi prestar depoimento na Polícia Federal.

"Eu me abriguei e fiquei com medo, porque se soubesse que era bandido nem tinha ido atrás. Pensei no meu filho, que tem quatro meses só. Vi, por um momento, ele sumir da minha vida, junto com minha esposa e minha família", disse.

Outros relatos

Depois de abandonarem o caminhão de lixo, dois dos criminosos entraram na casa do metalúrgico Kleverson Sanches. Houve troca de tiros e os suspeitos morreram.

Depois da ação, o metalúrgico limpava o imóvel. “É uma sensação estranha, né? Não é o que a gente espera. A gente constrói um sonho, constrói a casa para ser o lar da gente e aí de repente você vê tudo, não digo destruído, mas de pernas para o ar”, metalúrgico.

“Muito sangue nos dois quartos e sangue na sala, sofá, cadeira”, revelou.

Bandidos fazem mulher e bebê reféns durante fuga do assalto no Aeroporto de Viracopos b

Um funcionário de Viracopos, que não quis se identificar, contou como foi o momento da ação. "Na hora que estava acontecendo eu estava na área de desembarque, estava indo para o saguão, para o check-in. Aí eu vi os policiais fazendo troca de tiros com os assaltantes e a gente já correu para dentro do embarque".

“Pessoal se assustou, começou a correr, pular catraca, largar mala. Aí tinha mulher com criança, senhor, idoso, todo mundo saiu correndo, uns se jogaram para baixo do carro”, disse o motorista de aplicativo João Guilherme Bueno, que também estava no aeroporto.