Goionews | 20 de setembro de 2019 - 12:40 CRIME DESVENDADO

Autor do Crime da Mala é identificado 11 anos depois por exame de DNA

Matou menina e deixou corpo na Rodoviária

A identificação ocorreu depois de um match genético de 23 características entre 23 possíveis

O suspeito de matar a menina Rachel Genofre, encontrada em uma mala na rodoferroviária de Curitiba em 2008, foi identificado graças ao cruzamento de dados do material genético encontrado sobre o corpo da vítima com o colhido do homem preso em São Paulo.
                                       Carlos Eduardo dos Santos, de 54 anos, está preso desde 2016 e na época do crime morava na Rua Alferes Poli, no Centro de Curitiba, em um raio de 750 metros de distância de onde a menina estudava.
                                       Segundo o delegado-geral-adjunto da Polícia Civil, Riad Farhat, o software do Banco Nacional de Perfis Genéticos é atualizado semanalmente com material colhido de presos que cometeram crimes hediondos, inclusive no Paraná – onde mais de 5 mil já foram coletados. A identificação ocorreu depois de um match genético de 23 características entre 23 possíveis, garantindo 100% de certeza de que o homem é o autor do crime.
                                       Santos está preso na Penitenciária II de Sorocaba, em São Paulo, e tem extensa ficha criminal. O primeiro crime cometido por ele que se tem registro data de 1985, quando tinha 20 anos. Ele já foi condenado a 22 anos de prisão por estelionato, estupro, roubo e falsificação de documentos. Os crimes ocorreram em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na época da morte da menina, Santos trabalhava como segurança em São José dos Pinhais.
                                       Farhat disse ainda não saber mais detalhes sobre o crime, como quais seriam as motivações ou como aconteceu, mas acredita que o suspeito usou sua habilidade como estelionatário para convencer Rachel a acompanhá-lo. “O estelionatário tem esse poder de convencimento das pessoas, imagine uma criança, então por ele ter várias passagens por estelionato, uma linha que cogitamos é que a habilidade que ele tem para cometer esse tipo de crime foi usada para convencer a Rachel a acompanhá-lo. Sobre o motivo do crime, isso só ele vai poder esclarecer”, disse o delegado.