Extra | 16 de setembro de 2019 - 06:50 MUNDO MEDONHO

'Pago boleto, compro calcinha': usuários de aplicativos de paquera relatam apuros e curiosidades

Febre das relações humanas modernas, aplicativos de paquera e sexo - como Tinder e happn, também têm as suas armadilhas e as suas esquisitices, como mostra a seleção abaixo, feita pelo blog

Mayra, Tatá e Fernando passaram sufoco em app de paquera Foto: Arquivo pessoa

Febre das relações humanas modernas, aplicativos de paquera e sexo - como Tinder e happn, também têm as suas armadilhas e as suas esquisitices, como mostra a seleção abaixo, feita pelo blog:

'Compro sua calcinha'

"Dei match com um cara e ele foi direto ao assunto: queria comprar minha calcinha e deixou claro que ela teria que estar usada, sem lavar. Aí o cara do Tinder disse que pagaria R$ 70 e que no momento da entrega ele iria "conferir" se estava usada. Como eu não tinha a menor intenção de me encontrar com esse homem, meu amigo disse que iria no meu lugar. O encontro seriam num terminal de ônibus. O cara aceitou, mas aí não levamos as negociações adiante. E ele acabou me dando unmatch" - Mayra, 37 anos, jornalista.

Tata Lopes Foto: Arquivo pessoal

'Jamais nesta encarnação'

"Sou bastante clara na minha descrição, resumindo quem eu sou, o que penso e que tipo de cara procuro. Mas pude constatar que os homens, no geral, apegam-se às fotos e não leem o perfil das mulheres. No happn, a primeira pessoa que me mandou uma notificação foi um conhecido e detestável secretário de Cultura. Se ele tivesse se dado ao trabalho de 'me ler', veria que eu jamais, nunca, nem nesta encarnação nem em outra sairia com ele. Naquele dia resolvi encarar a minha vida amorosa como uma grande piada" - Tatá Lopes, 42 anos, roteirista do 'Zorra Total'.

Mariana Prata recebeu 'proposta indecente' Foto: Reprodução/Instagram

'Pago o seu boleto'

"Já me deparei com muitos perfis bizarros no Tinder, mas um em especial me chamou a atenção: alguém se oferecia para pagar meus boletos. Simples assim, pelo prazer de pagar as contas de outra pessoa. Não vou negar que fiquei tentada, mas estava bom demais para ser verdade. O mundo está tão perigoso, e quando a oferta é boa demais o santo desconfia. Segui em frente, com os meus boletos" - Mariana Prata, 28 anos, estudante técnica de Enfermagem.

Rapunzel maranhense

"Comecei a conversar com uma mulher sobre coisas normais, sobre lugar onde morava (em São Luís, MA) e tal. Ela morava no bairro ao lado. Eu elogiei o cabelo e pronto: o assunto passou a ser só esse. Tentei puxar assunto durante uns três dias e ela sempre metia o cabelo dela na conversa. Até hoje não sei se ela fez isso de propósito. Desisti" - Matheus, 21 anos, estudante de Educação Física.

Fernando Sousa: convite para engravidar mulher de 35 anos Foto: Arquivo pessoal

Homem de aluguel

"Eu me deparei com um perfil sem foto. Nele tinha uma imagem com um texto pedindo para ler a descrição. Nela estava escrito algo como 'Procuro homens de biotipo do meu agrado para me engravidar, não quero que assuma a criança, nem dê pensão ou mantenha qualquer contato posterior comigo'. Curioso que sou, para saber melhor sobre a proposta, dei like e, para minha surpresa, demos match. Falei com ela no sentido antropológico, só para saber mesmo. Ela me disse que por conta da idade (tinha uns 35 anos) queria já ter um filho, mas não queria ou podia pagar a inseminação artificial. Impressionou a quantidade de homens que deram like nela só para ter sexo, mesmo sabendo que era para procriação e não veria o filho que dali fosse gerado. Não mantive contato posterior, não sei se ela conseguiu o que queria" - Fernando Sousa, 34 anos, advogado.

Michelle salvou noivado Foto: Arquivo pessoal

'Casamenteira'

"Conversei com milhares de machistas e vitimistas que estão em busca de uma mãe e não se uma companheira. Um caso em especial chamou atenção. Fiz um cara voltar para a namorada e noivar. Ele amava a menina, mas tinha medo de casar" - Michelle, 35 anos, professora.

O outro lado: Leandro encontrou o amor no Tinder Foto: Arquivo pessoal

Ficou sério

"Há 4 anos, em 2015, estava solteiro e baixei o Tinder. Conheci muita gente, a disposição para encontros para quem usa esse app é total. A maioria dos encontros terminava em sexo e depois partia para outra, ou ficava uma amizade apenas. Até que em junho do mesmo ano deu match com a mulher que se tornaria minha futura esposa. O nome dela é Patrícia, tem 33 anos, farmacêutica. Nós nos encontramos num bar em Olaria, um bairro do subúrbio carioca. Diferente dos encontros anteriores, neste não rolou sexo, conversamos por horas, com beijos entre uma cerveja e outra. Na semana seguinte nos vimos de novo, e não nos desgrudamos mais. Hoje eu digo que encontrei o amor da minha vida no Tinder. Estamos casados há 1 ano e meio, sou um homem feliz. Deu match!" - Leandro Firmino, 35 anos, analista de telecomunicações.