Tequileira de festa da OAB em Nova Iguaçu nega 'striptease: 'Não faria nada vulgar'; fotos
Entre o céu e o inferno. Assim estão as vidas dos já famosos “Tequileiros da OAB”,
Entre o céu e o inferno. Assim estão as vidas dos já famosos “Tequileiros da OAB”, a dupla de anjinho sem camisa e diabinha de corpete contratados para distribuir bebida e entreter os advogados na celebração do Mês da Advocacia na subseção de Nova Iguaçu da Ordem dos Advogados do Brasil. Os vídeos e fotos deles na festa, que sempre teve ar formal, caíram na rede e levantaram polêmica.
A gente acabou com fama de stripper, mas a gente não faz isso, não! Ninguém tira a roupa. É mais para divertir o pessoal. Eu trabalho muito em festas de 15 anos, até em casamentos. Minha mãe, evangélica, até passou mal! — disse Jefferson Abreu, de 33 anos, o anjinho, que seguiu: — Mas teve o lado bom da polêmica: tenho recebido mais convites de trabalho, mesmo descartando aqueles que querem stripper.
Par de Jefferson no evento, a bailarina Andreza Cardoso, de 22 anos, também não entende o motivo da polêmica. A namorada dela, que estava na festa, não viu nada demais.
— Eu não faço trabalho vulgar. Eu tenho recebido muitas mensagens das pessoas da dança questionando a festa, mas não é nada do que estão falando — garante a bailarina: — Pela repercussão, não tive coragem de mostrar as fotos para o meu pai, mas eles me apoiam, sabem do meu trabalho sério e que não faria nada vulgar.
Andreza ganha a vida dançando. Trabalha na conceituada boate Lalu Lounge, em Nova Iguaçu, é bailarina fixa de Valesca Popozuda e às vezes se apresenta com Pocah (novo nome da MC Pocahontas).
— Eu faço também trabalho caracterizada como personagens Disney, me apresento com roupa de led, faço festas de 15 anos... Coisas leves. Diabinha foi a primeira vez que me vesti para trabalho. Só a vida dirá se a personagem vai continuar...
Bala, não. Tequila, sim
Jefferson foi convidado para animar os advogados depois de ser visto numa festa como “Anjo baleiro”.
— Me ligaram perguntando como era. Eu expliquei que distribuía balas, para animar a festa e tirar fotos. Mas a pessoa que me contratou veio com a ideia de animar mais a coisa, trocar as balar por tequila. Também pediu sem camisa e para arrumar uma anjinha. Chamei a Andreza às pressas. Como não tinha asa para ela, fizemos uma diabinha — disse ele, que é formado em administração e trabalha como ator e modelo.
Na festa, ele só recebeu reclamação de uma mulher.
— Ela chegou, disse que não estava certo, que a festa era tradicional. Bem, todas as outras da mesa tiraram fotos comigo.
Com ou sem striptease, fato é que quem foi à festa pôde ver que o presidente da subseção Nova Iguaçu da OAB, Hilário Franklin, não ficou feliz com o que viu.
— Ele foi pego de surpresa e não escondeu o descontentamento — disse o colunista do jornal “Extra” Alberto Aquino, que primeiro noticiou a história.
E não era para gostar mesmo, tanto que agora a seção estadual da OAB está cobrando explicações. Apesar de não ter sido feita na sede do órgão — o evento foi no salão Glass — e sem dinheiro da entidade, a festa era oficial e acontece todos os anos.
Em nota, a OAB/RJ ressaltou que “eventos comemorativos da advocacia devem ser compatíveis com o decoro da atividade profissional”.