Topmidia News | 2 de setembro de 2019 - 14:32 100 ACESSIBILIDADE

Giovanna quer ir à escola com a cadeira motorizada, mas calçada 'picotada' não deixa

Também tem poste de luz quase dentro do ponto de ônibus e dificulta ainda mais a situação

Foto: Reprodução Repórter Top

A dona Sirlene Silva dos Santos, 46 anos, é mãe da Giovanna Silva dos Santos, uma cadeirante especial de 16 anos. Ela apela para consertar a calçada da escola da  filha, no Jardim Botafogo, em Campo Grande. A garota conseguiu uma cadeira de rodas motorizada, mas não pode usar por falta de acessibilidade, justo na frente da unidade de ensino.

A mãe lembra que fez uma feijoada para arrecadar recursos e comprar a cadeira melhor para Giovanna. ''Dei o meu sangue. Paguei R$ 2 mil em uma usada'', diz a mulher.

Sirlene gravou um vídeo para comprovar a dificuldade que é transitar ali, seja qual o tipo da cadeira. A calçada, que é usada por outros cadeirantes e mães de crianças pequenas, está com diversas partes de concretos quebradas, por isso a dificuldade.

Em algumas situações, diz Sirlene, ela tem de andar com a filha na contramão da avenida Ana Luiza de Souza para chegar à Escola Estadual Maria Flavina da Silva. Ela conta até com ajuda do motorista do ônibus, que para antes do ponto para amenizar as dificuldades das duas.

Em um trecho da gravação, a mulher põe a Giovanna para segurar a câmera enquanto ela empurra a cadeira e consegue mostrar o quanto é difícil transitar no local. Na filmagem, ela cita o nome do senador Nelsinho Trad, mas na verdade dirige o pedido ao prefeito Marquinhos Trad (PSD).

Já no final da filmagem, ela consegue mostrar que há um poste de luz de concreto quase dentro do ponto do ônibus, o que dificulta subir a filha no veículo. Ela alerta que o meio-fio da parada do coletivo não é pintado em amarelo, o que leva carros a estacionarem ali e piorarem a situação.

 

Procurada, a prefeitura ainda não se manifestou sobre a situação.