Campo Grande News | 30 de julho de 2019 - 07:21 TRIBUNAL DO CRIME

Homem é assassinado em mata da capital

O corpo estava em área de mata nos fundos da área invadida da construtora Homex, no Jardim Centro-Oeste

Equipes da polícia no local do crime (Clayton Neves)

A polícia suspeita que Bruno Schon Pacheco, 28 anos, foi executado após julgamento no “Tribunal do Crime” do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele já havia sido sequestrado pela facção no início do mês e foi resgatado pela Polícia Militar. O corpo foi encontrado no início da tarde desta segunda-feira, em uma área de mata, nos fundos da área invadida da construtora Homex, na região sul de Campo Grande.

Ao Campo Grande News o delegado Jarley Inácio, plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga, detalhou que a perícia encontrou marcas no joelho de Bruno que indicam que ele foi forçado a se ajoelhar enquanto recebia o veredito dos criminosos.

Como não há marcas de luta, a polícia acredita que a vítima acompanhou os criminosos até o local de forma espontânea e ali foi assassinado. “Os criminosos tentaram decapitar a vítima, mas não conseguiram. Abandonaram o corpo e fugiram”, explicou Inácio. Testemunhas viram um carro prata na cena do crime e agora o veículo é procurado pela polícia.

SEQUESTRADO

No dia dois deste mês, Bruno foi sequestrado pela facção, mas escapou do assassinato ao ser resgatado pela Polícia Militar.

Na data, a vítima era mantida refém em uma casa na avenida Souto Maior. Ao ser resgatado, Bruno contou que foi levado para o cativeiro, onde estava aguardando ser julgado por outros membros do PCC devido a uma dívida. No local a polícia encontrou trouxinhas de cocaína, caderneta com anotações de vendas de drogas, munições e 40 pesos bolivianos.

Bruno é dono de uma extensa ficha criminal, com passagens por roubo, tráfico de drogas e tentativa de homicídio. Ele ainda é filho Wild Pacheco, condenado por assassinar o policial federal Fernando Luís Fernandes, no dia 13 dezembro de 1989, em Campo Grande. O suspeito só foi preso 26 anos depois do crime.

No dia em que os policiais encontraram Wild, flagraram Bruno com maconha, petrechos para cortes e embalagens para a droga. Na data, 21 de maio de 2015, confessou vender droga na Vila Planalto, tentou fugir por duas vezes, mas ainda assim foi preso.