G1/MS | 8 de mar�o de 2019 - 12:30 DIA DA MULHER

'É bonito, é lindo honrar a mulher', diz deputada de MS em relação ao combate ao feminicídio

'É bonito, é lindo honrar a mulher', diz deputada de MS em relação ao combate ao feminicídio

Mato Grosso do Sul já possui 5 casos de feminicídio registrados este ano. Em 2018, o número fechou em 31 casos. Já em 2017, foram 27 registros. Os números "assustam" e o crime hediondo é tema inicial da conversa com a deputada federal Rose Modesto (PSDB), nesta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher.

"Eu acho que, além das leis mais rígidas, nós precisamos difundir a cultura da paz. Nós precisamos combater as mulheres que estão morrendo hoje, lógico, os agressores precisam ser punidos e assusta porque em 2015 o crime do feminicídio passou a ser hediondo, ou seja, sem fiança. E a gente vê, diariamente, homens que tiraram a vida de mulheres e em questão de poucos dias, horas mesmo, sendo libertados, então acho que esta é discussão inclusive com o projeto do Moro - o anticrime - que está hoje no congresso e a gente precisa discutir. Nós precisamos combater, prender e punir, mas, precisamos também a acabar com cultura do machismo, chega. Mato Grosso do Sul, por exemplo, tem a lei Maria da Penha. É bonito, é lindo honrar a mulher", opinou Modesto.

Em Brasília, a deputada ainda fala sobre as comissões, inclusive aprovadas em requerimento de urgência e também a sugestão dela, no qual coloca o dia 25 de novembro como Dia de combate ao feminicídio. "É inclusive uma data escolhida pela ONU [Organização das Nações Unidas]. Não é possível que, a cada duas horas uma mulher seja morta, já é a estatística de perder a sua vida pelo fato de ser mulher...", comentou Modesto.

Outro projeto proposto por ela é a extensão em 2 meses da licença maternidade para mães de deficientes, nascidos ou adotados. "Vou pedir ainda dentro do mês de março, sensibilizar os colegas deputados e o número é tão grande pra gente poder aprovar este projeto ainda este mês, naturalmente a vida dela é transformada por isso que esse projeto de lei as mães que tiverem filhos, tenham direito a seis meses de maternidade, passando de quatro para seis meses", explicou.

No caso da reforma da previdência, Modesto fala que todos os partidos reconhecem a importância desta ação. " No caso de 60 anos idade mínima para professores sou contra, vou dizer com muita propriedade, fui aluna, sou aluna é a gente sabe que o desgaste físico, emocional é grande. Existem casos em que a família não participa como deveria e sobra lá para escola e sobra para o professor...", disse Modesto.

Ainda no assunto da reforma, a deputada fala sobre a idade mínima para mulheres. "Estou com o Bolsonaro na primeira defesa dele em relação às mulheres. Hoje já passa de 260 bilhões a dupla, terceira jornada, há um desgaste na escola quando o filho não está bem na escola, é ela, quando está doente. Eu sou a favor da gente discutir essa idade mínima...reforma justa é quem ganha mais, deve contribuir...tem que cortar da própria carne", finalizou.

 
 
00:00/14:08