O laudo do Instituto Médico Legal (IML) no corpo de Alexandra Maria da Silva indica que a causa da morte da babá foi “asfixia por sufocação indireta”. De acordo com a defesa que representa a família da vítima, a conclusão do exame contradiz a versão da acusada pelo crime, Daiana Pereira Barroso.

O crime aconteceu na noite de 25 de dezembro do ano passado, durante uma festa de Natal. Alexandra foi convidada por Daiana para passar a festa natalina em sua casa, mas as duas teriam se desentendido e a mulher foi morta no local. A acusada afirmou que aplicou um golpe mata-leão para defender o filho de três anos após um surto de Alexandra.

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Para a defesa da família da vítima, o laudo indica que Alexandra foi espancada. “Ela sofreu, ela morreu lentamente. A ciência forense nos leva a acreditar que uma, ou até mesmo mais pessoas, se sentaram sobre o corpo de Alexandra fazendo com que ela sufocasse lentamente enquanto lutava pela vida. É preciso, segundo a nomenclatura forense, pelo menos o dobro de peso da vítima sobre seu corpo para que a morte por asfixia indireta ocorra”, comentou o advogado da família de Alexandra, Maurício Zampieri.

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“Um golpe de mata leão corta o fluxo de oxigênio para o cérebro e a vítima perde o poder de ação em 12 segundos no máximo. Não há lógica nem comprovação científica para tal argumento. Alexandra não desfaleceu em 12 segundos, mas sim agonizou por, no mínimo, cinco minutos antes de morrer”, argumenta o advogado. Ele ainda aponta que foram identificadas diversas lesões no corpo de Alexandra, o que indica espancamento realizado por mais de uma pessoa. “Tudo indica que ela foi espancada. A perícia encontrou muitos hematomas e diversas escoriações no corpo da vítima, em especial na região do rosto, joelhos, cotovelos, braços, o que mostra todo o sofrimento desta mulher antes de morrer”.

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A defesa de Daiana afirmou que vai analisar o laudo antes de se posicionar sobre o caso.