BONITO INFORMA / REDAÇÃO | 17 de janeiro de 2019 - 10:35 JARDIM - MS - CARNAVAL CANCELADO

Assim como Bonito, Prefeitura de Jardim também prefere usar dinheiro do Carnaval para outros fins

Assim como Bonito, Prefeitura de Jardim também prefere usar dinheiro do Carnaval para outros fins

Depois da polêmica da enquete lançada pelo prefeito de Bonito, a 300 km de Campo Grande, com a escolha entre gastar os recursos com o Carnaval ou com a compra de uma ambulância, a cidade vizinha escolheu seguir um caminho parecido. Pela rede social twitter, o prefeito de Jardim, cidade a 239 km da Capital, Guilherme Alves Monteiro anunciou que o recurso de cerca de R$ 95 mil, que poderia ser usado para a realização da festa de Carnaval, será usado para o pagamento de rescisões, fornecedores, kits e uniformes escolares.

“Carnaval será realizado pela prefeitura de Jardim? Não! Foi orçado um valor de R$ 95 mil para 3 noites e uma matinê. Porém, usaremos este dinheiro para pagar rescisões de servidores, kits e uniformes escolares, além de fornecedores. Obrigado pela compreensão”, tuitou.

Na rede social, o prefeito justifica que o saldo será positivo, já que a procura de hotéis, pousadas e passeios é feita por famílias de turistas, que procuram paz e descanso.

O prefeito ainda cita o presidente Jair Bolsonaro para explicar a decisão de cancelar a festança. “Estamos na era Bolsonaro, onde primeiro vem as obrigações do Estado, para depois vir os regalos”. Assim como é a situação em Bonito, os recursos são municipais e a administração tem a autonomia de decidir em que setor investir o dinheiro. O Prefeito Guilherme explica que não existe recurso carimbado para o Carnaval, diferente da saúde e educação, onde deveria ser investido 15% e 25% da receita líquida municipal.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Jardim confirma a decisão tomada pelo prefeito. Segundo a administração municipal, havia a possibilidade de pedir recursos para o Carnaval ao Governo do Estado, mas mesmo com a contrapartida, haveriam gastos de recursos próprios. “O governo não absorve 100% das despesas, ainda teria despesas como alimentação, equipe, hospedagem, estrutura de palco. Mesmo que tivéssemos este apoio, não há como investir recurso próprio. É questão de prioridade, preferimos pagar as pessoas que trabalham no município, o prefeito está pagando rescisões atrasadas desde 2017”, informa.