Correio do Estado | 3 de agosto de 2018 - 08:24 CAPITAL

Igreja Católica faz missas e vigílias contra chance de legalização do aborto

Supremo inicia discussão do polêmico assunto nesta sexta-feira

Católicos em missa na noite desta quinta, na Paróquia Santo Antônio - Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

Um dia antes do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciar os debates pela descriminação do aborto no País, a Igreja Católica em Mato Grosso do Sul iniciou nesta quinta-feira (2) uma série de eventos religiosos em templos de oito cidades para manifestar repúdio à hipótese da gravidez interrompida ser legalizada.

Segundo nota divulgada na manhã pela Arquidiocese de Campo Grande, assinada pelo arcebispo Dom Dimas Lara Barbosa, além da Capital participarão das atividades Sidrolândia, Bandeirantes, Rochedo, Corguinho, Jaraguari, Terenos e Ribas do Rio Pardo.

De acordo com o texto, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil sempre se manifestou contrário às ideias pela legalização do abordo no Brasil. "Acabamos assim garantindo o respeito à vida e à dignidade das mulheres, promovendo formas para se superar a violência e a discriminação contra elas", diz.

Desde a manhã, missas e vigílias acontecem em templos. O Correio do Estado esteve nesta noite na Paróquia Santo Antônio, na região central, onde um grande grupo de jovens participariam da vigília, que começaria após a missa das 19h e seguiria madrugada adentro, até o amanhecer.

"Temos de fazer o que for preciso pelo que acreditamos ser correto. E como bons cristãos a melhor maneira é pedir ao nosso Senhor nessa luta pela vida humana", disse a estudante Joana Dias, 18 anos, acompanhada de duas irmãs menores, adolescentes, e amigos.

A maioria dos cerca de 40 presentes na paróquia, contudo, não sabiam da vigília e ficariam apenas na missa habitual que acontece neste horário.

"Somos totalmente contrários a tais tentativas e, como Igreja reunida aos pés do Senhor, a Arquidiocese de Campo Grande fará uma vigília na véspera da ADPF 442 (nome do processo a ser julgado pelo STF) que tenta liberar o aborto", completou o arcebispo na nota.