Nova News | 25 de maio de 2018 - 08:30 ALERTA VERMELHO

Nova Andradina começa a enfrentar crise de desabastecimento de alimentos

Alimentos de primeira necessidade como o leite pasteurizado já começou a faltar nos supermercados

Hortifrutigranjeiros estão perdendo nas gôndolas e não há produtos para repor - Foto: Luciene Carvalho/Nova News

Enquanto alguns poucos sobrevivem, a maioria dos supermercados de Nova Andradina já começou a enfrentar crise de desabastecimento nos alimentos. O alerta vermelho começou nesta quinta-feira (24) e deve se agravar nos próximos dias se a paralisação nacional dos caminhoneiros persistir.

Verificando in loco os efeitos da crise, a reportagem apurou que alimentos de primeira necessidade como o leite pasteurizado já não é mais encontrado em alguns estabelecimentos. Como se não se bastasse a falta do produto, é possível verificar que supermercados estão elevando o preço do litro do longa vida, o ‘leite de caixinha como é também é conhecido’, devido à escassez no mercado.

Segundo as informações a que o Nova News teve acesso, o último dia de abastecimento de produtos hortifrutigranjeiros em Nova Andradina foi na segunda-feira (21) quando a mobilização teve início. De lá para cá, quem sobrevive são os maiores supermercados que têm estoque para os próximos dias. “Se a greve não parar até o final de semana, a tendência é que a partir da próxima segunda-feira é que não teremos mais produtos em nossa feirinha”, diz Sidnei de Almeida, responsável pelo setor no supermercado pesquisado.

Em outro ponto pesquisado, a gerente de compras Márcia dos Santos detalhou que a situação começou a ficar preocupante com a falta alimentos para repor a feirinha. “Apenas verduras frescas podem ser encontradas aqui no supermercado, porque vêm de uma cidade vizinha e são trazidas em um carro baixo. O restante tudo está perdendo nas gôndolas. Ou teremos que jogar fora, ou vender a preços mais baixos. Se a greve continuar, daqui a alguns dias as prateleiras do supermercado ficarão vazias”, disse.

Além da crise de falta de alimentos, Márcia expõe que a preocupação maior é com alta que alguns alimentos podem ter mesmo que a greve acabe. “Hoje, na Ceasa em Presidente Prudente (SP), o pouco que tem já está caro. A batata, por exemplo, mais que dobrou o preço e trata-se de um problema sério para o consumidor que será mais o impactado”, afirmou a gerente.

Nos açougues, a tendência é também de escassez nos próximas horas. Matéria de hoje de destaque no Nova News, os frigoríficos pararam de abater e o estoque tende a acabar. “A situação começou a preocupar. Se até os alimentos começarem a faltar, não sei o que será de nós”, desabafa a consumidora Maria Evanira Flores que, mesmo defendendo o movimentos dos caminhoneiros, vê com preocupação os efeitos que começaram a surgir.