Caarapo News | 23 de maio de 2018 - 14:24 GREVE CAMINHONEIROS

Paralisações dos caminhoneiros já provocam falta de combustíveis em Caarapó

Informações dão conta que alguns postos da cidade já estão com falta do produto e existem filas de veículos tentando abastecer chegando à 200 metros de distância.

Foto: CAARAPO NEWS

O protesto dos caminhoneiros contra o aumento do diesel que está acontecendo no País começou a trazer consequências para os motoristas de Caarapó. A situação já ficou complicada na sede do município. Informações dão conta que alguns postos da cidade já estão com falta do produto e existem filas de veículos tentando abastecer chegando à 200 metros de distância.

O outro fator preocupante está relacionado ao preço. O valor da gasolina já chega a quase R$ 5 por litro. A greve dos motoristas  está em seu terceiro dia e de acordo com o jornal Folha de São Paulo, na data de ontem, em 24 Estados há adesões ao movimento.

O QUE QUEREM OS CAMINHONEIROS

Segundo o portal G1, os protestos começaram na noite de domingo a movimentação de protestos em diferentes rodovias federais e estaduais do Rio Grande do Sul. Pneus foram queimados às margens das estradas na madrugada de segunda-feira.

A categoria quer a redução do valor do óleo diesel, que tem tido altas consecutivas nas refinarias. Nesta terça, o preço sobe 0,97% nas refinarias. Mas a Petrobras já anunciou que a partir de quarta-feira (23), o valor cairá 1,54%. A escalada dos preços aconteceu em meio à disparada dos valores internacionais do petróleo.

As revisões podem ou não refletir para o consumidor final – isso depende dos postos. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel nas bombas já acumula alta de 8% no ano. O valor está acima da inflação acumulada no ano, de 0,92%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O sindicato que representa os postos de combustíveis no Rio Grande do Sul, Sulpetro, por meio de nota, manifestou "descontentamento com a atual política de preços da Petrobras", com reajustes diários.

De acordo com o Sulpetro, as margens de lucro da gasolina para os segmentos de revenda e distribuição de combustíveis, além do frete, caíram de 17,8% para 14,8% - conforme dado de abril deste ano. "A sistemática adotada em julho de 2017 está penalizando nocivamente os empresários varejistas de combustíveis e, por consequência, o consumidor", diz o comunicado. Na visão do sindicato, "a unifirmização das alíquotas de ICMS é uma das principais alternativas para reverter este quadro".