A família do jovem Carlos Ramon Dias Del Antônio, que foi velado por mais de 14 horas em uma rua de Colombo (Região Metropolitana de Curitiba), entrou com um pedido de indenização ao Governo do Estado. O assassinato do rapaz aconteceu na noite de 15 de janeiro e teve grande repercussão pela demora do Instituto Médico Legal em recolher o corpo.

O argumento da família é de que houve negligência do Estado em não disponibilizar estrutura adequada para a realização do serviço. “A nossa tese é que já houve a confissão pública do governador quanto a negligência do estado, a partir das entrevistas que ele deu reconhecendo o descaso com a família do Carlos Ramon e reconhecendo que havia dinheiro em caixa para a contratação de ambulâncias para o IML, que mesmo assim não foi feita”, comenta o advogado Pedro Augusto Davidoff, que representa a família e afirma que houve dano moral.

A mãe, o pai e a esposa da vítima pedem indenização de R$ 450 mil - correspondente a R$ 150 mil a cada um deles - e solicitaram ainda uma audiência de conciliação com a administração estadual. A Procuradoria Geral do Estado afirmou que ainda não foi notificada sobre o pedido.

“Sei que dinheiro nenhum vai trazer ele de volta, mas estou fazendo isso para que outras famílias não passem pelo que eu passei. As pessoas estavam saindo parar trabalhar, chegando do trabalho e meu filho estava jogado na rua que nem bicho”, afirma a mãe de Carlos, Sueli Aparecida Dias Del Antônio.