Dourados News | 15 de fevereiro de 2018 - 06:38 Dourados - SOS Segurança

Funcionários de posto em aldeia "cruzam os braços" após 10º furto em três anos

Criminosos fizeram um ‘limpa’ e deixaram marcas de destruição no posto de saúde da aldeia Jaguapiru, em Dourados.

Imagens: Conselho de Saude Indígena

Criminosos fizeram um ‘limpa’ e deixaram marcas de destruição no posto de saúde da aldeia Jaguapiru, em Dourados. O fato foi notado por funcionários do local na manhã desta quarta-feira (14). Conforme o Conselho Local de Saúde Indígena é a décima ação criminosa registrada no local em cerca de três anos.

Os criminosos levaram do local uma geladeira, duas cadeiras, um sonar - aparelho de atendimento a gestantes -, um aparelho de aferir pressão e um botijão de gás. O equipamento de raio-x de uso do dentista teve os fios cortados.

Conforme Leoson Mariano Silva, presidente do Conselho Local de Saúde Indígena, foi registrado o boletim de ocorrência e os funcionários ‘cruzarão os braços’ para chamar atenção em relação a necessidade de medidas que ofereçam mais segurança ao local.

“Decidimos em reunião nesta tarde (14) que os atendimentos estão paralisados até que os órgãos responsáveis tragam alguma medida para esta situação que é inadmissível”, cita.

Ele afirma que os bandidos estouraram a janela do banheiro para adentrar ao local e depois arrombaram a porta. O clima de insegurança levou os profissionais a um manifesto com cartazes no local nesta quarta-feira (14).

Eles pedem inclusive, apoio da comunidade indígena para que denuncie os autores.

O atendimento na unidade de saúde nesta quarta-feira (14) foi voltado apenas para urgência e emergência.
“Não tem como atender a população sem materiais e nesta situação’”, disse o presidente.

Cerca de 15 funcionários atuam no local. O atendimento da unidade é de cerca de 40 pacientes por dia.
O presidente destacou que um posicionamento do DSEI-MS (Distrito Sanitário Especial Indígena do Mato Grosso do Sul) é aguardado. 

O Dourados News entrou em contato com a coordenação da Sesai (Secretaria de Saúde Indígena de Mato Grosso do Sul) para informações sobre medidas diante da situação, porém, até o fechamento desta reportagem não foi atendido via celular.