Algumas perguntas podem nunca ter respostas sobre o que de fato aconteceu na manhã daquele domingo, dia 3 de dezembro. Com a identidade preservada pelo Nova News, Ana, nome fictício, de 36 anos, foi atropelada e arrastada por vários metros e até hoje está em cima de uma cama de hospital sem saber o que o amanhã lhe reserva.

Daniela Stefani, de 18 anos, que é sobrinha da vítima, foi procurada pela reportagem após uma publicação que passou a circular nas redes sociais pedindo ajuda para a tia. Segundo ela, vários gastos estão sendo necessários devido à sua condição de saúde. “Além de ter uma perna amputada, minha tia fraturou o quadril. Precisa usar fralda geriátrica e até roupas também precisa. Por tal motivo, passamos a pedir a ajudar da sociedade que se sensibilize com essa difícil situação”, pontua.

Se tudo correr dentro do esperado, a alta de Ana pode ocorrer nos próximos dias. Foram sete dias angustiantes em um dos leitos da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Regional Francisco Dantas Maniçoba. “Os médicos dizem que logo ela poderá ir para a casa. Graças a Deus a hemorragia que ela tinha foi controlada e não foi preciso fazer cirurgia. A única preocupação agora é sobre o dia de amanhã já que minha tia corre o risco de nunca mais andar. Mas, tomara a Deus que isso não aconteça após muitos exames e o tratamento que ainda precisam ser feitos”, disse Daniela.

 

 

A mãe de Ana é quem passa a maior parte do tempo no hospital acompanhando a filha. Trabalhando como merendeira em uma escola pública, ela se desdobra em tudo que precisa fazer, pois ainda cuida do neto que mora com ela que é filho de Ana. “Não são dias fáceis para a minha vó. O pai da minha tia mora em fazenda e veio para Nova Andradina assim que soube do acidente. Deu toda a assistência necessária para a filha, mas precisou voltar para o trabalho”, relata a sobrinha.

Ao fim da entrevista, ela diz que tudo o que a família espera é que justiça seja feita. “Pedimos providências para que seja punido quem fez isso com a minha tia. Além do mais, nenhuma assistência foi dada a ela e isso não pode ficar assim. Logo ela irá para casa, mas haverão ainda gastos com remédios e não sabemos como vamos fazer. Cada um ajuda como pode, mas de qualquer forma é uma situação bastante complicada”, expôs Daniela. O telefone para quem quiser fazer doações é o (67) 9 9657-3082.