Yahoo | 19 de julho de 2017 - 09:29 Honestidade

Homem bate em carro e deixa bilhete com telefone: 'atitude de civilidade'

O responsável pelo bilhete foi o cartorário Sandro Moraes, também morador da cidade, que também estava indo para o jogo.

Reprodução/Facebook/Cristiano Borges

O policial militar Cristiano Borges voltava de um jogo em Itararé, no interior paulista, quando viu que o retrovisor do seu carro que estava estacionado na rua havia sido arrancado.

Mas a irritação pelo dano foi logo substituída por uma sensação de alívio. É que o motorista que havia causado o estrago deixou um bilhete no para-brisa do carro se responsabilizando, com um número de telefone para contato.

O responsável pelo bilhete foi o cartorário Sandro Moraes, também morador da cidade, que também estava indo para o jogo.

“Mas a rua estava lotada de carros, quando um veio pra cima de mim, tentei desviar, mas acabei batendo. Na hora peguei um papel emprestado e deixei meu contato, porque não consigo imaginar fugindo do local sem arcar com a minha responsabilidade”, contou ele ao G1.

 Cristiano tentou entrar em contato com Sandro, mas o telefone deu caixa postal. Foi então que ele soube da repercussão da postagem em uma rede social e entrou em contato com o policial por lá.

Sandro, que estava com o filho no carro na hora da batida, disse que ficou muito surpreso com a repercussão de sua atitude, já que ele considera que todos deveriam fazer isso.

“Infelizmente vivemos em uma inversão de valores. As pessoas se espantam com algo que deveria ser comum. Mas por causa da falta de honestidade, quando alguém é honesto causa espanto. Quis dar o exemplo para o meu filho. Imagina se eu fugisse do local? Eu fiz o que eu gostaria que fizessem comigo”, disse ao G1.
Voltava para o meu carro estacionado perto do Campo da Associação Atlética Itararé e deparei-me com o retrovisor quebrado, aliás, sem retrovisor. 
Mas o que de fato me impressionou foi um bilhete no para brisa. A pessoa que quebrou teve uma atitude de civilidade, deixou seu nome e o telefone, pedindo-me para entrar em contato. 
Eu não deveria estar impressionado, pois esta era uma atitude que deveríamos entender por natural, mas nos tempos de " Moro", ser honesto chama a atenção.