Mídia Max | 24 de abril de 2017 - 17:00 FRONTEIRA

Fronteira tem reforço e inteligência monitora roubo milionário no Paraguai

Bandidos ligados ao PCC explodiram empresa de valores

Equipes de fiscalização e inteligência foram reforçadas, em Mato Grosso do Sul, depois bandidos explodirem empresa de valores na cidade paraguaia de Ciudad Del Este. Integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) estariam envolvidos no crime.

Diretor do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), coronel Kleber Haddad Lane, confirmou por meio de sua assessoria de imprensa ao Midiamax que equipes extras foram acionadas para intensificar o policiamento de fronteira em sete grandes áreas.

Sete Quedas e Mundo Novo seriam as primeiras cidades sul-mato-grossenses em uma possível rota de fuga dos criminosos, ainda que distantes 221 e 250 quilômetros de Ciudad Del Este.

Glauber Fonseca de Carvalho Araújo, delegado chefe da Polícia Federal em Ponta Porã, ressaltou que o trabalho de inteligência será reforçado no acompanhamento do caso que mobiliza agentes da Polícia Nacional do Paraguai e as forças armadas do país vizinho.

Por sua vez, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) trabalha de forma integrada com sua homônima no Paraná para auxiliar nas investigações, uma vez que veículos e cidadãos brasileiros estariam envolvidos no roubo.

Ataque na fronteira

Sede da empresa Prosegur, nesta segunda-feira (24), foi convertida em ruínas na cidade paraguaia de Ciudad Del Este, em crime atribuído ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Operação durou pouco mais de quatro horas, conforme os jornais Hoy e ABC Color, deixando rastro de 15 carros queimados, caminhões e bombas espalhadas pela cidade. Miguelitos, pregos unidos com arame, também foram espalhados para impedir possível perseguição.

No confronto, um agente do Grupo Especial de Operações da polícia paraguaia morreu e outro ficou ferido, além três civis. Estima-se que os criminosos, usando máscaras e roupas camufladas, tenham levado cerca de R$ 120 milhões (US$ 40 milhões).

Forças do Exército foram convocadas pelo presidente Horacio Cartes para auxiliar nas investigações de um crime anunciado desde fevereiro por equipes de inteligência.