POR GILBERTO MENDES | 17 de abril de 2017 - 08:05 ARTIGO DA SEMANA

ARTIGO DA SEMANA: 'Uma Grande Mulher' - por Gilberto Avelino Mendes

ARTIGO DA SEMANA: 'Uma Grande Mulher' - por Gilberto Avelino Mendes

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"UMA GRANDE MULHER"

*POR GILBERTO MENDES

A mulher era pequena, pequenina era ela.

Pequenos eram seu carro, seus sapatos, seus vestidos, tudo pequeno, porque ela era pequena, pequenina era ela.

Acordava cedo todos os dias, muito cedo, ia para a igreja orar, dobrava seus pequenos joelhos no grande templo e suas lágrimas molhavam o belo piso enquanto erguia sua voz em oração.

Suplicava a pequena mulher. Suplicava.

Pedia pelo marido, pela filha e pelo filho. Orava pelo seu pastor e pelas autoridades todas. Solicitava conversão de almas na família pobre ainda de salvos e, também, em toda a parte, em todo o mundo. Mais do que para si orava e intercedia pelos outros. Egoísmo não existia na pequena mulher.

Quando terminava, voltava apressada, os pequenos passos sempre a levavam longe, hoje a devolveriam para sua casa. Lá chegando, em seu lar, o marido já partia após o desjejum matinal que ela mesmo havia preparado antes de ir.

Despediu-se dela com um beijo e seguiu para a lida, o mundo é grande, as dificuldades imensas, ele, entretanto, sentia-se preparado para tudo – não sabia ele, ou talvez soubesse, estava coberto pelas orações da esposa.

Foi ao quarto dos filhos, eles ainda dormiam. Deixou-os assim, tinham ainda mais um tempinho de descanso antes de irem para a escola.

Ela voltou a cozinha, sentou-se frente a mesa e despejou numa bela xicara uma dose de café quente. Sorveu com satisfação. Ainda em espírito de adoração agradeceu a Deus pela família, pela casa, pela comida e bebida, agradeceu antes por sua fé que a sustentava e a movia para as vitórias. Toda a sua vida era uma vitória e isso não era dela, reconheceu, era dom de Deus.

Sábia a pequena mulher, muito sábia. Os melhores perfumes estão mesmo nos frascos mais frágeis.