Mídia Max | 7 de dezembro de 2016 - 07:28 GOLPE

Quadrilha dá prejuízo de ao menos R$ 2 milhões com ‘golpe da arara’ em MT e MS

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, com apoio da Polícia Civil de Mato Grosso, cumpriu nesta terça-feira (6) mandados de prisão e busca e apreensão nos dois estados. Foram presos em Cuiabá, Rondonópolis e Campo Grande 11 membros de uma quadrilha que aplicava golpes de estelionato com a compra e revenda irregular de maquinários agrícolas.

Segundo a delegada responsável pela operação, Ana Cláudia Medina, titular da Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), a Operação Canindé foi realizada para desarticular o grupo criminoso especializados em crimes de estelionato, conhecidos como ‘golpe da arara’.

Neste tipo de golpe, os criminosos possuem um comércio, normalmente estabelecido com documentos falsos e, com nome de pessoa jurídica, realizam compras faturadas ou com cheques pré-datados. No entanto, eles frustram os pagamentos e revendem os produtos.

Com apoio da Polícia Civil de Mato Grosso, a Deco cumpriu 8 mandados de prisão preventiva em Rondonópolis e Cuiabá, além de 4 mandados de busca e apreensão em Rondonópolis em uma casa, uma transportadora, um supermercado e uma fazenda. Foram apreendidos maquinários, veículos e um gerador de energia, todos adquiridos pela prática criminosa.

Em Campo Grande, com apoio da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), foram cumpridos 3 mandados de prisão preventiva dos integrantes da quadrilha, além de 3 mandados de busca e apreensão em residência. Um dos presos ainda foi flagrado por furto de energia e autuado em flagrante com a esposa pelo delito.

Todos os presos no Mato Grosso serão encaminhados para a delegacia especializada em Campo Grande, onde serão formalmente interrogados e indicados pelos crimes. Segundo a delegada, os receptadores, ou seja, que compraram os maquinários, não serão presos por receptação, já que não sabiam da ilicitude dos produtos.

Investigação

Segundo a delegada Medina, em julho deste ano investigadores da Deco apuraram que a organização criminosa, composta por 12 pessoas, por meio de falsificação de documentos montou a empresa de fachada denominada Soares Rocha Construtora LTDA. A empresa ficava em um galpão no Itamaracá.

Por meio de divisão de tarefas, os criminosos passaram a comprar maquinários agrícolas de forma ilícita, em prejuízo de 12 vítimas até então catalogadas. O prejuízo já ultrapassa os R$ 2 milhões e as investigações apontaram que os integrantes da quadrilha, assim como os produtos obtidos de forma criminosa, estavam a maioria em Mato Grosso.