17 de novembro de 2016 - 17:17 COTAÇÃO DO DÓLAR

Dólar fecha o dia em leve queda após discurso da chefe do Fed

O dólar fechou em queda em relação ao real nesta quinta-feira (17), mas o recuo perdeu força após o discurso da chefe do Fed (Federal Reserve), o banco central dos Estados Unidos.

Janet Yellen afirmou que os juros no país podem subir "relativamente em breve" se os dados econômicos continuarem indicando melhora do mercado de trabalho e inflação em alta.

A moeda norte-americana caiu 0,08%, cotada a R$ 3,4189. 

 

Segundo a Reuters, na mínima do dia, o dólar chegou a R$ 3,3876 e, na máxima, a R$ 3,429.

Em novembro, o dólar acumula alta de 7,18% sobre o real. Mas, no ano, há recuo de 13,4%.

 

O mercado monitora pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque taxas mais altas poderiam atrair para o país recursos aplicados atualmente em outros mercados, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real.

 

Intervenção do Banco Central

 

"O dólar ainda conseguiu sustentar mais tempo a baixa porque o BC está agindo certinho", comentou à Reuters um operador-sênior de uma corretora nacional.

 

Pela manhã, o dólar chegou a marcar 1%o de queda frente ao real influenciado pelos leilões de swap tradicional, equivalente à venda futura de dólares, pelo BC.

 

"O BC entrou pesado ontem e avisou que repetiria o movimento hoje", comentou também à Reuters o operador da Ouro Minas Corretora, Maurício Gaioti. "Mas o mercado está respeitando o nível de R$ 3,40 e, quando vai abaixo, atrai compradores", completou ao justificar o movimento acima das mínimas ao longo da manhã.

 

O BC vendeu nesta manhã todos os 10 mil novos contratos de swap tradicional e também todos os 20 mil para rolagem dos swaps que vencem em 1º de dezembro.

 

Entre os dias 9 e 14 deste mês, o dólar saltou quase 9% sobre o real com forte onda de aversão ao risco após a eleição de Donald Trump. Investidores acreditam que a sua política econômica pode ser inflacionária, o que pressionaria o Fed a elevar ainda mais os juros, aumentando a possibilidade de atrair recursos aplicados hoje em outros mercados, como o brasileiro.