Campo Grande News | 22 de outubro de 2016 - 07:00 Melhor amigo

Com medo de ser a última vez, pai pede para ver filha de noiva em hospital

Pai não conseguia esconder a emoção de ver a filha caçula

Izaque Rodrigues Ferreira, 44 anos, não conseguia esconder a emoção de ver a filha caçula, única menina da família, vestida de noiva. Na porta da Santa Casa de Campo Grande, eles registraram o momento que antecedia a cerimônia de união de Rhamella e Julio. Por motivos de saúde, o pai permaneceu internado e com medo da futura cirurgia cardíaca quis vê-la nem que fosse pela última vez.

"Estou muito feliz porque ele é meu melhor amigo, meu companheiro de vida", diz Rhamella Caroline Soares Ferreira, 20 anos. Com a cerimônia civil marcada para às 16 horas e a festa para às 20 horas, ela mudou os planos para encontrar o pai na tarde de hoje e posar ao lado dele na foto de família.

"O médico falou que a cirurgia é de risco, então queria incluir meu pai no momento mais importante da minha vida. Ele pediu para me ver de noiva, porque poderia ser a última vez", diz.

Das lembranças ao registro, a família só tem a agradecer a oportunidade de permanecer mais tempo juntos. O terno sob medida para Izaque era parte da preparação para o enlace, acertado antes mesmo da notícia da cirurgia.

"Eu não posso sair do hospital, os médicos me autorizaram apenas a colocar o terno e fazer a foto. A cerimônia não irei porque posso me emcoionar muito, ela é minha única filha, caçula", conta o cabeleireiro e vendedor.

Internado na Santa Casa desde segunda-feira, Izaque tem problemas cardíacos e precisará fazer um ponte mamária, que é semelhante a ponte de safena, mas no procedimento usa-se a artéria mamária, localizada no tórax. "Foi tudo de última hora e não deu tempo de remarcar a data do casamento", conta Rhamella.

O noivo, Julio Daniel Arcanjo Ortiz, 30 anos, fez questão de acompanhar a noiva em todos os momentos. "Estou dando apoio para ele, neste momento, eu sei da importância que o pai tem para a vida da Rhamella", acredita.