Da Redação | 26 de setembro de 2016 - 17:10 FÁTIMA DO SUL

FÁTIMA DO SUL: Greve dos bancários entra na 3 ª semana sem novas negociações

Já são 21 dias de greve dos bancários e ainda não se tem avanços nas negociações, conforme o Sindicato dos Bancários de Dourados e Região. O movimento já é um dos mais longos da categoria e conta com 100% das agências fechadas -61-, sendo 31 dessas em Dourados e outras 30 nas cidades de Caarapó, Deodápolis, Douradina, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Itaporã, Jateí, Juti, Maracaju, Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhante e Vicentina.

Conforme Ronaldo Ferreira, presidente do Sindicato, há dias a Fenaban (Federação Nacional dos Bancários) não manifesta novos posicionamentos diante das demandas da categoria. Ele cita que a última sinalização da instituição foi o oferecimento de 7% de reajuste, o que foi rejeitado.

"Na quinta-feira retrasada aconteceu essa proposta que não cobre nem a inflação. É um absurdo isso, é necessário reabrir a mesa de negociação", disse.

Ele aponta ainda a proposta anterior a esta da Federação com valor de 6.5%. Ambas foram vistas como insuficientes pela classe, com o apontamento ao reajuste mínimo de 9.57% para cobrir a inflação.

Ainda nesta segunda-feira (26), os bancários se reunirão para traçar novas ações do movimento. O representante afirma que a categoria vê a situação como "ofensa e falta de valorização aos trabalhadores que são responsáveis pelo lucro dos estabelecimentos".

Os bancários iniciaram a greve no dia 05 deste mês com reivindicações além de reajuste; participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.

O atendimento nos bancos acontece com uma pequena parcela dos funcionários que atendem somente questões de urgência. Até o momento não há previsão do fim do movimento.